domingo, abril 30, 2006

Intensidade

O tempo não passa. Corre. As palavras não são proferidas. São devoradas.
Intensidade.
Um momento agradável prolonga-se e baralha. Quando dou por ela não sei a quantas ando nem porquê. Simplesmente sei que estou e que estou bem. E que não quero parar. Devia. Mas não quero. E não consigo.
Mas devia porquê? Por segurança? Ou falta dela?
A ideia do comando da vida vem novamente à cabeça. Aqui usaria simplesmente o botão do pause. E prolongaria. Prolongaria. Usufruiria. Viveria. Devoraria palavras e olhares. Momentos.
Qual a duração dum momento? Mede-se em segundos, minutos, horas? E porque é que há momentos que duram mais que outros?
Intensidade.
O racional. Esse predador que me persegue e impede de cometer loucuras. Positivo? Negativo? Serei eu capaz de encaixar os momentos nas diversas classificações? Arrumar em gavetas? Necessário? Claro que não. O racional encolhe-se e dá lugar ao emocional. O emocional prolonga os momentos. Não deixa ver o tempo. Não deixa proferir palavras. Não deixa racionalizar atitudes e reacções.
Intensidade.
Conseguimos medir a intensidade? Conseguimos avaliar a sua profundidade? É necessário fazê-lo?
Intensidade.

quinta-feira, abril 27, 2006

Despedidas...

Há aspectos das despedidas que sabem muuuuito bem. Quando alguém fica desolado ao saber que não mais vai trabalhar comigo, mesmo que durante todo este tempo nunca nos tenhamos visto e falemos ao telefone n vezes ao dia... Quando alguém no diz que nunca ninguém tinha sido tão boa profissional em relação a determinado cliente... Quando alguém nos diz que "com todo o respeito vou ter tantas saudades tuas... Já tive pesadelos e tudo."...
Estes são os aspectos que me ajudam a fazer o balanço positivo da coisa... Há aspectos negativos na minha estadia, claro que sim! E são muitos... E foram aqui relatados várias vezes... Ou apenas comentados... Mas quando olho para trás e me lembro do primeiro dia em que lá entrei, vejo uma pessoa diferente do que sou hoje. Vejo uma pessoa com menos experiência, menos conhecimento... E menos amizades. Sim, amizades.
Saio com um sorriso num olho e uma lágrima no outro. É bom sair, principalmente porque a situação não me satisfazia (profissionalmente) há muito tempo. Mas custa deixar aqueles pequenos momentos: o pequeno-almoço com o amigalhaço Du, os almoços de bandalheira com a malta, em que nos punhamos ao despique a ver quem dizia mais disparates, o olhar cúmplice entre colegas que já não precisam falar para fazer comentários e saber o que os outros pensam...
As despedidas são assim mesmo. Não sei como vai ser amanhã. Espero que não demasiado doloroso. Odeio lamechices e fingimentos... e lágrimas de crocodilo. Mas quero ter o à-vontade de abraçar quem quero abraçar com uma proximidade honesta. Com um cunho de sentimento. Com a marca da saudade. "Ainda não foste e já tenho saudades tuas". Foi o que me disse C. E só eu sei como fico feliz com isto. Porque sei que é honesto. Porque sei que é sentido. Porque sei que não é mera baboseira...
É mais uma página que se vira. E enquanto ela não toma embalagem, parece sempre colada ao lado errado do livro... Depois é vê-la virar cheia de força e vontade e ganhar côr, vida, emoção...
Qem gosta de despedidas??? Creio que ninguém. Mas esta vai doer... Por quem ficou na outra página lá atrás e apenas deixa passar recordação para a que começa...

Rescaldo...

Ora, então vai uma dosezinha de morfina, vai???

Hoje o céu podia ter-me caído sobre a cabeça... Com a pedrada que estou não me faria diferença nenhuma... Agora que estou de saída, descobri o segredo para bem enfrentar os fim de mês na jolalândia: uma enxaqueca na véspera tratada com a bela da dose tripla. Só sei que uma das doses é morfina. Quanto ao resto acho que prefiro ficar na ignorância...

quarta-feira, abril 26, 2006

Enxaqueca!!!

Há noites que são para esquecer...

terça-feira, abril 25, 2006

Fim de tarde...

Depois de uma bela passeata consumista, nada como apreciar o pôr-do-sol com uma caneca de chá e a mais recente aquisição: O Século Chinês de Frederico Rampini. Jornalista, italiano, correspondente em Pequim do La Repubblica. Prevê-se uma leitura rápida e viciada mo mesmo, já que o tema me interessa bastante...

Vamos a ele!!!

Há dias assim... #7

Acorda-se... E fica-se...
Não é todos os dias. Mas há dias assim... em que me posso dar a este luxo.
Melancolia.
Erikah Badu canta só para mim.
E esta inspiração criativa apodera-se. Começa devagarinho. Uma ideia. Uma côr que se decide. Um olhar que de repente ganha luz e forma. Uma parede em branco que ganha vida na minha imaginação. E vai ganhando terreno. Vai crescendo dentro de mim. Vai andando sorrateira. E quando dou por ela estou parada no corredor a imaginar como vai ficar bonita aquela parede. E fico a olhar para a nova caixa que vou começar a pintar. E lembro-me do camiseiro que aguarda a vontade inelutável de o atacar.
Há dias assim...
Há dias em que o isolamento é preciso com uma força maior que o mundo. Há dias em que 4 paredes se transformam num Universo criativo que me acolhe e aconchega. Há dias em que o canto dos pássaros e o cheiro do mar não me impelem a sair de casa. Há dias em que as cores e os tons dançam freneticamente na minha cabeça e as mãos tremem ansiando novos pincéis e tintas. Há dias em que o que me tira de casa não são todas as coisas que me trouxeram a este cantinho à beira-mar plantado. Há dias em que saio esbaforida em busca de uma loja aberta que me proporcione o que a minha imaginação anda a tramar.
Há dias assim...

Até já. Tenho que ir...

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Mais um cantinho...

Nasceu um novo espaço.

Nasceu da constatação do facto de que as coisas se tornava incomportáveis. Milhares de mails depois, surge o verdadeiro e único Fórum da Liberdade. Aguardam-se tempos tão interessantes e intempestívos como os que vimos nos mails trocados ao sabor do Reply all.

Nasceu, está de boa saúde e recomenda-se!

Espreitem:
http://forum-da-liberdade.blogspot.com/

domingo, abril 23, 2006

Novidades...

... novidades... novidades... novidades...

Já uma pessoa não se pode distrair por uns dias e dá nisto??? Nem sei por onde começar... Bom, mas aqui vai disto:

A menina despediu-se!!!

É verdade!!!

Não, não enlouqueci de vez... Não, não perdi a cabeça... Não, não me saltou a tampa... Quer dizer; mais ou menos...

Como já havia aqui comentado diversas vezes, a menina não andava nada contente com a vidinha na jolalândia. As razões eram de mais diversa índole e não vale a pena começar aqui uma lista, visto que o post seria bem mais extenso que o recomendável...
Também já havia "conversado" com as minhas chefias no sentido de demonstrar o meu descontentamento e de informar que estava de volta ao mercado e que sairia se me aparecesse uma oportunidade. Portanto, demonstrei que não me chegava o que tinha. Avisei que estava à procura de outra coisa. Alertei para o facto de sair e de não me preocupar se estaríamos em peack season ou o raio que os partissem...

E o inesperado aconteceu. Foi o recrutamento mais rápido de que tenho conhecimento: na 5ª às 16h ligaram-me de uma empresa de recrutamento a falar de um processo para uma multinacional conhecidíssima, que actua na área de hardware (principalmente), e aperguntar se queria que enviassem o meu curriculum. Respondi que sim... Obviamente! Às 19h ligam-me de novo a dizer que tinha entrevista no dia seguinte às 9h. A coisa foi demasiado rápida, mas quem anda à procura não se arma em esquisito e a menina disse que tudo bem... lá estaria às 9h para a dita... O stress foi mais que muito. Acidentes por todo o lado... A A5 completamente entupida. Um caos. E eu ali, atrasada. Com os devidos avisos e desculpas apenas cheguei à dita às 9h40. Será que alguém consegue perceber o estado de nervos em que estava??? Indescritível!!!
Azar dos azares, o candidato seguinte já tinha chegado e tinha acabado de entrar. A mim restava-me esperar... Esperei, esperei, esperei, desesperei e esperei mais um bocadinho... Finalmente entrei no Gabinete para a entrevista e começamos uma conversa bastante interessante e agradável... Após um massacre de mais de 2h, ficou acordado que mal houvesse uma resposta, me contactariam... Voltei à jolalândia, já passava das 13h30.
Às 15h30 recebo um telefonema da empresa de recrutamento com a conversa de acompanhamento do costume:
"Como correu? O que dissram? Com que impressão ficou? O que acha?"
Enfim, empolgada como estava nem reparei no que a cahopa me disse. Ela pergunta "Então correu bem, não correu Catarina?"
E eu "Sim, posso dizer que sim, mas eles disseram-me isto e aquilo e não sei... Olhe, é esperar para ver"
E a cachopa "Então, mas sendo assim, acha que correu bem"...
Eu:"Sim, correu bem, mas há que aguardar a resposta"
Ela: "Então ficou com impressão que a coisa correu bem..."
Eu pensei "Ai a gaita!!! Mas eu falo chinês... Já disse que sim, porra!!!" e disse "Sim, mais ou menos... Não se sabe, há que aguardar..."
Ela: "Sim, mas então correu mesmo bem... é que você foi seleccionada..."
Eu a pensar: "Mas estás parva ou quê??? Já disse... Pera aí!!!" E disse: Hããã??? Fui o quê??? Desculpe? Não percebi!!! Fui o quê??? hein??? hum??? Seleccionada??? Pera aí: AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!! Não acredito!!! O quê??? Bem..." E depois emudeci...

Resumidamente, querem que comece já no dia 2. Mas a minha chefe está de férias e só volta dia 2... Portanto preciso de mais uns dias para passar o trabalho. Só que a cachopa insistiu e eu respondi-lhe que tinha que conferenciar e tentar saber qual o tempo que tenho que dar à jolalândia. Depois das dúvidas esclarecidas e da conversa telefónica com a minha chefe (bastante emotiva, por sinal) acordamos que vou alombar que nem uma bestinha no fim deste mês (um dos mais complicados do ano) e dia 2 estou liberada para o mundo do hardware...

Mal tenho tempo de me habituar à ideia e já estou de saída...

Ainda estou em estado de choque!!! O resto fica pa depois...

segunda-feira, abril 17, 2006

Fruta em boião

Porquê? Porquê? Porquê?

Delicioso!!!

Momentos

Um pôr-do-sol. Uma luz brilhante. Directa. Forte. Ofusca. Obriga a semi-cerrar os olhos. Intensa. Passa uma núvem e facilita o olhar. De dentro da núvem saiem feixes de luz opaca. Menos brilhante. Induzem a imaginar um caminho. Um caminho, um escorrega, um túnel. Que nos leva da luz brilhante e forte à calma das águas límpidas. Azuis. Frescas. Calmas. Um escorrega que induz a emoção da descida. A gargalhada feliz e espontânea que se solta quando a adrenalina dispara. O caminho é induzido, é certo. Mas não deixa de ser emocionante. A núvem passa e volta a luz forte, incandescente. E o reflexo vê-se no azul do mar. Forma uma espécie de espelho. Um lago dentro do mar. Um lago mais sereno que tudo o resto. Um lago que convida a banhos de emoção. Banhos cujo calor confortam o coração. E a alma.
Saio de dentro do cenário do meu sonho acordado e vejo o pôr-do-sol. Um pôr-do-sol que a cada dia que passa ganha encanto. Um sol que se põe só para mim. E que me concede toda a sua serenidade. Generosidade. Encanto. Emoção.
Se tiver que eleger uma hora do dia, é esta. Quando a luz já não é luz, mas apenas réstia. Quando o frio começa a convidar a aconchegos e abraços. Quando o silêncio se sobrepõe a tudo o resto. Quando este silêncio é veículo de comunicação sem palavras. Quando finalmente o dia já passou e o que resta é todo meu. A mim pertence e dele faço o que quero. E eu escolho ficar a olhar, observar, admirar. No silêncio. No aconchego. No abraço.

Revelação

Aquela ali de baixo foi dar uma voltinha... Logo, logo explico onde...

domingo, abril 16, 2006

Processo Criativo #2


Mais uma criação da menina inspirada...
Ultimamente não me apetece fazer mais nada senão dedicar-me às minhas "obras".
Bem trabalhada, não será esta a minha vocação? Não sei nada, mas se aprender umas coisas sou capaz de me dedicar à coisa com maior seriedade. Pelo menos tem sido essa a minha vontade nos últimos dias... A ver vamos.
Entretanto está na forja mais uma caixinha para pôr no meu wc e (espero) ainda esta semana começo o meu móvel... Mas para esse vou frequentar uma ou duas aulitas. A coisa tem que sair mesmo bem... Depois mostro. Está prometido...

Rescaldo

É!!! É verdade... A menina fez anos. A menina mudou de década. A menina quis comemorar. A menina comemorou. A menina teve um dia feliz.
Dia santo. Literalmente: 6ª-feira santa... Motivo mais que suficiente para não fazer nada de nada. Levantei-me relativamente cedinho e fui até ao Ikea comprar umas coisas giras. Quando estiverem no sítio eu mostro... Dalí fui almoçar com os papás. E depois de algum bezerranço para digerir a fartazana do almoço começaram os preparativos para a night. O jantarinho foi num habitué muito simpático. Com uma fantástica vista de mar, tem uns petisquinhos simplesmente divinais. A malta juntou-se e a maluqueira foi mais que muita.
Ora, e uma vez que já fui "desmascarada", aqui ficam umas fotos:


As gaijas

As amigalhaças pá borga e não só... E... a futura vizinha???

Os primalhaços

A menina a abrir um pesente

E pronto, aqui fica o relato e o retrato do dia do meu aniversário...

sexta-feira, abril 14, 2006

14 de Abril

Parabéns para mim
Nesta data querida
Muitas Felicidades
Muitos anos de vida...

hehehehe

A cachopa deixou os intes e entrou nos intas. Segundo dizem as minhas amigas, esta é a altura em que a vida começa... Vamos ver. Mas que me faz alguma confusão, faz... uma mudança assim tão radical. Agora tenho mesmo que ser adulta. Que chatice!!! E responsável... Que seca! E todas essas coisas que os adultos a sério são... Ora bolas!!!

quarta-feira, abril 12, 2006

(Des)Vantagens de se viver no campo


Acabadinho de sair do Forno... hum... Com manteiguinha derretida... hum... e com doce de abóbora... hum...

A época de contenção e controlo tem aqui uma pausa. Não digam nada a ninguém...

terça-feira, abril 11, 2006

Campo

Viver no campo tb é isto...
Com o tempo agradável que tem estado, a menina resolveu sentar-se no chão a tratar das suas obras de arte, com um candeeiro ao pé e a janela aberta. Quando dei por ela, tinha um melgão enorme no meu braço que me deixou um inchaço inacreditável... E dá cá uma comichão!!!
As gajas bem rondam o candeeiro que fica do outro lado da rua... É com cada avião... Chiça!!! Competem com as do Entroncamento...

Filme...

Hoje venho a este cantinho com uma história. Mas não é uma história bonita. Aviso!!! É um relato que preferia não fazer. Mas deixemo-nos de rodeios e vamos a ela:
Vim pa casa feliz e contente. Saí a horas decentes e vinha cheia de vontade de fazer a minha caminhada diária. Isto é que é empenho, hein???
Meto-me ao caminho e aí vou eu. Vou pa lá. Descanso a apreciar uma gaivota a brincar com o vento. Plana satisfeita e vai experimetando os efeitos de esticar uma perna, de inclinar o corpo... Meto-me de novo ao caminho e quando me falta pouco para chegar ao carro deparo-me com o inesperado.
Primeiro foi o barulho: hiiiii PUM!!! A cerca de 150m um carro atropelou um cão. Cheguei e essa conclusão quando o ouço ganir. O pobre do bicharoco estava tão desorientado que se atravesou novamente na estrada e desta vez foi uma Ford Transit. Entre pancadas não sei onde, ginchos do pobre bicharoco, e mais não sei o quê só consegui ver o bicharoco enrolado debaixo da carrinha e depois sair disparado e atravessar a estrada todo torto e a coxear. Desapareceu no meio das ervas, do mato. Não podia acreditar no que tinha acabado de ver. Corro para a zona onde o bicho desapareceu e chamo, assobio, mando beijinhos para o ar, chamo "Canito, canito, anda cá, anda". Mas nada. Vasculhei tudo. Tudo. E nada do bichito. Queria saber como estava. Queria fazer alguma coisa. Queria nem que fosse dar-lhe uma festa. Mas não... Nada. O pobezito evaporou-se. Não faço ideia pa onde se terá enfiado, porque não tinha grandes hipóteses. Talvez estivesse pa lá enfiado debaixo dumas silvas assustado. Mas nem sequer gania... Não se ouvia nada. Não se via nada. Dei-me por vencida e vim embora.
Agora resta-me pensar que se não o vi nem ouvi é porque ele estava em condições para fugir e que provavelmente o susto foi maior que o resto...

Mas faço aqui uma ressalva: Nunca como agora me dei conta da quantidade de animais que sucumbem à violência do trânsito. Hoje de manhã a caminho do trabalho, 4 gatos. Sim, 4...

Agora que penso nisso, será algum prenúncio???

segunda-feira, abril 10, 2006

Lidar com a crítica

Espequei!!! Fiquei muda!!!
Há coisas que estão à nossa frente e não as vemos... Há aspectos da nossa personalidade que nos passam completamente despercebidos. E quando alguém nos diz: "Tu és assim..." fico boquiaberta. Não posso acreditar no que estou a ouvir... Dou a volta à coisa de 500 maneiras diferentes tentando entender e mesmo assim é-me difícil. Dou o braço a torcer e penso "Se calhar é mesmo verdade. Tenho que ter mais atenção".
Mas, que raio!!! Forçar algo que não sou, não consigo... Posso limar arestas, mas se não sou nhónhózinha, se não sou falinhas mansas, se não ando com 1000 cuidados para dizer "Faz favor"... Como é que mudo isto??? Andar com manhazinhas não é pa mim... Sou bruta, pois sou!!! E depois??? Digo tudo da boca a fora, pois digo!!! E então??? Antes isso que ser cínica e hipócrita e fingida, não??? Agora, se as meninas não conseguem lidar com o stress eu é que tenho que andar em pezinhos de lã??? Sei não...

Pronto, tá bem!!! Eu vou ter mais atenção! Juro que vou tentar não ser tão bruta... Mas não vou deixar nada por dizer. Isso é que não...

Nova Vida!!!

Depois de um dia de trabalho, o mar e o calçadão esperam-me... para 40 minutos de caminhada... o Jogging chegará. Mas a falta de forma ainda não mo permite...

Este privilégio de ver o pôr-do-sol no mar, trabalhar para a forma, respirar ar puro e ainda passear as vistas nos rapazes saudáveis que há por estas zonas... não é pa qualquer uma!!!

domingo, abril 09, 2006

Processo Criativo


Assim vai a minha tarde/noite...

Uma peça já está! 2 more to go...

Diário do 2º Domingo de Abril

Hoje fiz algo que há muito tempo não fazia. Tirei o pijama já passava das 16h. Até aí estive enfiada na cama a ler tudo o que me passou pela frente. Deu tempo para devorar o Expresso. Deu tempo para acabar aquele livro que nunca mais acabava. Deu tempo para passar os olhos por mais umas revistinhas. E deu tempo para dormitar nos intervalos.
Numa dessas recaídas a cachopa teve uma espécia de sonho. Uma chamada de atenção se quiserem. Acesso a uma espécie de fotografia. Acordei estremunhada a pensar: "Que raio foi isto???" Eu explico: no meu pseudo-sonho o que eu vi foi a minha vida. E vi que não era uma pessoa feliz porque não tenho tusto pa mandar cantar um cego. Porque tenho um emprego de merda no qual não me sinto minimamente realizada e não tenho perspectivas de melhorar. Porque... Porque... E??? E MAI NADA!!! Qué isto de fazer girar a vida em torno de dois míseros aspectos??? Hum??? Aqui a cachopa acordou: EU SOU UMA GAIJA FELIZ, CARAÇAS!!! Tenho uma casa linda, maravilhosa, perto do mar. É MINHA (e do Banco tb mas isso agora n interessa nada...) Vivo sozinha num sítio lindo, onde se respira ar puro. Tenho enormes amigos com quem posso contar a todo o momento e a toda a hora. Na minha família há estabilidade. Eu sou uma gaija gira e culta. Vamo lá cambada. Aqui a cachopa acordou pá vidinha.
Vai daí, saltei da cama, vesti umas calças de treino, meti-me dentro do carro. Fui até Ribeira D'Ilhas e estacionei. Saí e pela primeira vez caminhei pela marginal da Ericeira, naquele passeio tão inteligentemente proporcionado pela Junta da Ericeira "Onde o mar é mais azul". 40 minutos de caminhada. Para primeiro dia não me parece mal. É agora que vou voltar a estar em forma...

E mais: a próxima 6ª-feira é um dia especial. Não... não é por ser 6ª-feira santa. É mesmo por ser dia 14 de Abril. hehehe A cachopa entra numa nova década e uns dias antes acordou pá vida e resolveu vivê-la de forma saudável e alegre. O emprego??? Consome-me no máximo 1/3 da minha vida, portanto os outros 2/3 estão na minha mão e faço deles O QUE EU QUISER!!!

Decisões em vésperas de entrar na nova década: dormir menos, comer menos. Praticar mais exercício físico. Cuidar mais de mim. Ser ainda mais egoísta. Procurar ainda mais activamente a felicidade e a realização profissional. Voltar a investir na minha formação. O meu cérebro a modos que anda um bocado parado e não é isso que se quer... E curtir. Curtir comó caraças. Afinal o Verão vem aí e a gaja está a entrar na década que dizem ser a melhor da vida duma mulher gira, independente e cheia de vontade de ser feliz...

quinta-feira, abril 06, 2006

Em Abril...

... àguas mil... e é bem verdade!!! Mas é isto a Primavera??? Não foi isto que me ensinaram na 1ª classe quando aprendi a distinguir as 4 estações do ano. A Primavera era aquela altura do ano em que deixava de fazer frio, em que começava a fazer sol e deixava de chover. Em que as flores espreitavam e deitavam um cheio agradável.
Mas que vejo eu? Chuva. Chuva e mais chuva. Ok, eu sei. As reservas. E as quotas das barragens. E etc, etc, etc. Mas, ainda não temos que chegue??? Então que chova logo tudo duma vez... E já agora, aquelas flores que espreitavam e as plantas e árvores que floriam... era suposto serem giras e não provocarem ataques de espirros...

Por falar em árvores a florir: já alguém reparou nas amendoeiras em flôr??? Um dia destes tiro umas fotos e mostro-vos co que côr faço o meu caminho para a jolalândia de manhã...

Jamais será igual...

A partir de hoje. Começa hoje. É um novo ciclo.
Depois do que hoje se passou a minha vida jamais será a mesma: desde as 14h sou a mais recente proprietária desta bela casota. É oficial. Escritura assinada e cheque passado. Aiiiii. nem que seja só por isso, jamais serei a mesma. Quando a notária saca do papel e diz "Já somei. O cheque que me tem que passar é deste valor!!!" não desmaiei do choque porque nunca fui dessas coisas. Esbugalhei os olhos e saquei da caneta. Escrevinhei o número que nunca mais acabava e cujo extenso ocupou as duas linhas do cheque, bem caladinha e enconstei-me na cadeira a ver se ela me amparava.
ESTOU POBRE!!! MUITO POBRE!!! Nem pa mandar cantar um cego tenho dinheiro. Chiça, que isto de ser verdadeiramente a dona da casa fica mai caro do que eu pensava...

O dia começou mal... agora que penso nisso... hum... seria um prenúncio? Whatever: enganei-me a programar o despertador e pus o bicho pa 1h mais tarde do que era suposto. Acordei com o Baco a passar-me por cima e a deixar fugir um discretíssimo "miuuuuu". O sacana volta a passar por cima de mim e eu penso "Então??? Tás parvo ou quê??? É melhor nem me mexer senão o gajo não me larga mais". Mantenho o empenho no "dormir até que a besta do despertador me acorde" quando... o Baco passa novamente por cima de mim e solta um menos discreto "miaaaau". Comecei a ficar irritada. Passa um carro na rua e vá-se lá saber porquê abro os olhos. O que há uns dias era para mim motivo de um enorme sofrimento, gerou pânico: já não era de noite... Olho para o despertador e devia estar levantada há mais de 45 minutos. Dum salto levanto-me. Banho. Roupa. Botas. Cremes e maquilhagens (de fugida pq não estava pa estes luxos). Pego no Actimel e quase me esquecia de agradecer ao Baco... Faço-lhe uma festa e voo para a jolalândia. Claro que aquelas curvas que já me pregaram sustos me vêem passar por elas a não mais de 40km/h...
O estrago não foi assim tanto: só cheguei 10 minutos atrasada. Mas para quem queria chegar mais cedo para compensar o tempo que ía ter que gastar na escritura...
Depois então foi o choque. Nem tive tempo para sentir aquela felicidade da maternidade recente... O resto do dia passou-se, mas não foi agradável. Voltei a trabalhar até às tantas e o caminho até casa foi feito na companhia da puta da dôr de cabeça que havia estoirado a meio da tarde...
A meio caminho reparo naquela luz de lusco-fusco no horizonte, já depois do pôr-do-sol... Aí sim, começo a sorrir. E a lembrar-me que isto agora é meu... Meu e do Banco, mas isso agora não interessa nada...
Estou aqui. É meu e posso disto fazer o que eu quiser. Posso andar nua em casa se me apetecer. Posso comer, ou não comer ou o raio que me parta. Posso dormir ou não dormir. Posso ver televisão ou ouvir o silêncio. Posso tudo dentro do meu espaço que é meu e onde não tenho que dar contas a ninguém, do que faço ou do que não faço, ou do que me apetece, ou do que não me apetece. Posso tudo e tudo farei. Não tenho que ter a preocupação de não fazer barulho com o copo não vá eu acordar alguém... Poso deitar-me às 9h da noite, porque não me apetece fazer nada, nem dizer nada, nem ouvir nada, nem nada...
E sobretudo posso fazer aquilo que mais gozo me dá num fim de dia extenuante: ouvir o silêncio. Mal chego a casa, hoje, no dia em que a minha vida começou um novo ciclo, tiro as botas que me comem os pés. Tiro as calças que já me estão a irritar e visto as do pijama. Calço os chinelos confortáveis e apanho o cabelo. Tranco a porta de casa pois daqui ninguém me tira... E faz-se silêncio. Faço o jantar a ouvir o gás a sair da boca do fogão. Abro a torneira e o barulho é tão estridente que até tem piada. Enquanto apura, chego-me à varanda da sala a mordiscar um morango e ouço... ouço um grilo. Ouço um cão que soltou um suspiro. Ouço um pássaro chilrear. E não ouço mais nada... Silêncio!!! Ouço o silêncio por meia horita e só depois é que ligo o rádio. Isto sim, vale a pena. Isto sim, justifica a ginástica que vou ter que fazer por uns meses para me reequilibrar. Isto sim... e a minha vida? Jamais será igual...

Sem apelo nem agravo...

... a apresentar na reunião de amanhã: relatório de desempenho da colega do lado a desempenhar novas funções desde há um mês.
Vai doer, mas a mim anda-me a doer há um mês... Temos pena!!!

terça-feira, abril 04, 2006

Hoje apetece-me...

Dizer asneiras.
Ofender alguém.
Maltratar uma determinada pessoa.
Mandar alguém à merda.
Pegar na pilha de papéis cuidadosamente separados e mandá-la ao ar... ver chuva de folhas.
Partir um copo... e um prato. Mas não os meus.
Ir ao "Miradouro da Baleia" fazer um escândalo e pedir uma indemnização.
Chegar ao pé do Administrador e dizer: sabe quem eu sou??? Não??? Tb n vai saber mais pq a partir de hoje n conta mais comigo... Temos pena!!!

E depois deitar cedinho e dormir muito... e amanhã acordar boa de vez, sem desarranjos e coisas afins.

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Caganeira...

pura e dura... Dores de estômago e intestinos às voltas. Grandes corridas até à casa-de-banho. Pele branca e transparente. Enorme desidratação e vontade de me encolher na cama...
É isto que nos espera depois de umas belas Gambas al ajillo no "Miradouro da Baleia". Longe de mim querer fazer publicidade negativa, mas...
E sim, tenho a certeza: não sou a única nestas condições...

Vejamos as coisas pelo lado positivo: a cachopa até queria perder uns kilitos... e até andava a pensar fazer uma daquelas limpezas profundas e exaustivas. Mas não se importava de ter alguma preparação psicológica...