sexta-feira, setembro 29, 2006

Agenda Social cheinha...

É... por estes dias, as horas dormidas são muuuito poucas, o sono imenso, o cansaço mais que muito...

Mas as festarolas também! Entre aniversários, despedidas, comemorações diversas, despedidas de solteiro/a e casamentos... a menina, não só não tem tempo para dormir, como também não tem tempo para dar mimo aos meus bucharocos e tratar deles convenientemente, não tem tempo para se armar em Gata Borralheira, não tem tempo para fazer comidinha decente e passa a vida a comer asneiras e não tem tempo para ter tempo e para parar...

Entretanto a sis já cá está e eu, mal a vi...

Esta noite: 2 festas de aniversário.
Amanhã de madrugada: viagem para o Porto para o casório da C e do P
Amanhã à noite: regresso do Porto para a minha caminha linda e os meus bucharocos jeitosos...
Domingo: almoço de família na minha casota...
Domingo à tarde. começa finalmente o meu fds e tenho algum descanso... pelo menos assim espero...

quarta-feira, setembro 27, 2006

The Weather...

Esse tempo que não é tempo, mas que sendo tempo nos consome o tempo...

Bom, o que quero dizer é que o tempo que faz lá fora... não é bem aquele que passa por nós, o tal do tempo que faz andar os ponteiros do relógio... não é desse que falo. O que quero dizer é que o tempo, aquele que há umas míseras 2 semanas me presenteou com uma bela tarde de torranço na minha praia, esse tempo mudou. Não tinham reparado? É! Mas mudou...

E nesta época do ano, além de se cortar o cabelo, ele também cai com mais violência. Quando acabo o banho fico lívida a olhar para a banheira e até tenho medo de deitar as mãos ao dito, não vá ele ter caído todo... chiça!!! Nunca pensei que tinha tanto...

Bom, mas o tempo não afecta apenas a parte capilar deste meu corpinho de sereia (cof, cof)... Esta porcaria de tempo causa-me dores de cabeça... sim, dores de cabeça... daquelas que duram mais de uma semana... daquelas que andam cá a moer o juízo, mas até se vão aturando... à custa de químicos, é certo, mas nada de muito dramático... para já. Porque, cá p'ra mim, esta é daquelas que vai precisar de dose cavalar... Já cá anda há quase uma semana... Uns dias chateia mais que outros... Hoje, por exemplo: ainda não eram 7h30 da madrugada e já enfiava químicos pela garganta abaixo.

Me aguardem!!! Darei notícias!!! Ou dou cabo dela a bem, ou vou dar uma voltinha ali a Santa Maria para mais uma dosesinha daquelas bem jeitosas, ófaxavori!!! Só que não seja no sábado, ófaxavori... é que a C e o P casam e a malta gostava de participar na festarola, se não for pedir demais... Se bem que, no meio de tanta enfermeira e alguns médicos é capaz de não ser mau de todo... Porra!!! Vira essa boca pa lá!!! Lagarto!!! Lagarto!!! Lagarto!!!

Não tarda nada...

She's on the way...

domingo, setembro 24, 2006

Se soubesse...

Se soubesse... pintava...
Mas o dom não nasceu comigo e como não levei a máquina, aqui fica...

Na minha praia, o mar estava revoltado. Rugia qual leão e tinha uma força imensa. Sentada nas rochas deixei-me ficar, a apreciá-lo... Os salpicos das ondas humedeciam-me o rosto... A grandeza de uma ou outra onda fazia-me sorrir. É conhecido mas inexplicado o meu fascínio pelo mar... Esse ente da Mãe Natureza de que tudo se pode dizer: é tímido e calmo, por vezes, outras bruto e enorme... Acalma-me o espírito e isso é indiscutível... Lava-me a alma. Faz-me sorrir a cada rugido...

E de repente chove... Muito. Corro para o carro e deixo-me ficar a ouvi-lo. Pego no livro e no rádio começa a tocar

I see seven tower, but I only see one way out
You got to cry without weaping
Talk without speaking
Scream without raising your voice...

Abro o livro e a primeira coisa que se lê... "Um bom conselho é uma jóia rara"...

O momento é perfeito, desculpem... Acho que a fotografia ficou cá...
E já agora: o que é que faz dum conslho um bom conselho? A sensatez? A ideia de justiça? Ou o seu resultado?

sábado, setembro 23, 2006

Olhares...

Um olhar...
A grandeza e a profundidade de um olhar...
A intensidade...
A doçura...
O carinho num olhar...
A mensagem... tudo o que se diz e não se fala...
A mensagem de um olhar...
O desejo, a paixão...
O respeito, a admiração...
A raiva, o desespero, a agonia...
Desilusão...
Esperança...
Sedução!
Um olhar...
Um toque à distância...
Um sorriso sem rosto, uma palavra sem voz...
Um cruzar e entrecruzar discreto.
Intimidade...
Languidez...
Um olhar...

Chegou o Outono...

... eu sei que não é novidade... afinal o sacaninha já tinha dado um ar da sua graça com o zamiguito Gordon. Aquela manhã foi simplesmente para esquecer. Não tinha bastado a noite animada com a chuva, o vento, as réstias do Verão abandonadas nas varandas a esvoaçar, e plásticos a voar por todo o lado, ainda tinha os 2 gatos meio malucos com o que se passava do lado de fora da varanda. Resumidamente passei a noite a acordar por causa da chuva, do vento e dos bucharocos... A coitada da Muqueca ainda mal sabe o que é chuva e vento (É melhor que te habituem zamiguita; por estes lados é normal), e não fazia senão correr duma janela para a outra, miar desalmadamente, e mostrar admiração e medo. O pobre do Baco desesperava atrás dela, ora para a segurar num sítio, ora ele próprio, assustado com tanta ventania...

Mas, a cereja no topo do bolo ainda estava para chegar... 2h30 até ao trabalho... sim, 2h30... Ora, como comecei a ver que a coisa não estava fácil, desde que saí de casa e tive que contornar uma árvore caída, prometi a mim mesma que não ía stressar e que ía levar a coisa com calma... Assim fiz, até à chegada à minha secretária mais de 1h depois do que era suposto...

E hoje, que já registamos o tal do equinócio, e que já estamos oficialmente no Outono (snifff, snifff, muitos e muitos snifffs; o Verão foi embora...) achei que já não fazia mal vestir o casaquinho de malha e calçar a bela da meíta... Eu sei que é à velha, mas que querem: tá frio porra!!!

E haverá melhor serão que este? Casaquito de malha, meias, cadeirão, caneca de chá e o jogo do meu Spoooooorting!!!!!!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Há dias assim... #16

Lá fora a chuva cai...
Por entre o silêncio da noite, ouço cada gota que toca o solo. Ouço cada gota ser absorvida pela terra ávida de vida...
Lá fora, o vento voa... de asas abertas percorre distâncias imensas e vai... segue... sem obstáculos... Tem a força de 1000 cavalos voadores e a vontade de uma criança que brada o primeiro grito...
Cá dentro ouço.
Cá dentro, aconchego-me no calor do edredon que acabou de sair do armário. Enrosco-me...
Cá dentro ainda sinto o tocar de cada raio de sol na minha pele.
Lá fora o ambiente é inóspito e só ganha beleza visto cá de dentro...
Há dias em que as núvens nos oferecem tudo o que têm para dar.
Há dias em que a sua generosidade é imensa e a beleza de tal oferta carrega consigo paz.
A calma da tempestade.
Vistos cá de dentro, a chuva, o vento, o frio, os salpicos das ondas mais zangadas... vistos cá de dentro levam consigo... levam... levam tudo e deixam o ambiente limpo, solto, preparado para novas tempestades.
Há dias em que os contrastes se aproximam de forma que chegam a confundir-se...
Há dias em que os oposto não são assim tão opostos e fazem todo o sentido...
Há dias em que o que é comum não é aparente, mas é sólido, basilar...
Há dias em que o que não faz sentido é que faz sentido e em que o absurdo é que é normal e em que o inesperado é exigível e o inaceitável espectável...
Há dias em que me deixo ir no vento... me deixo ir com a chuva... me enrolo à distância nas ondas zangadas...
Há dias em que tudo e nada ganha beleza natural e apenas me deixo ir...
Há dias em que a vontade de viver tudo num só dia me dá alento para cometer as maiores loucuras, mas...
Há dias em que observo as coisas simples... a relva, o pôr-do-sol, um sorriso, um olhar...
Há dias em que absorvo cada inspiração alheia e queria sentir o vento e o calor da expiração...
Há dias em que a chuva cai cá dentro e leva consigo tudo e nada...
Há dias assim...

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quarta-feira, setembro 20, 2006

Notícia...

... bombástica
... espantástica
... fantástica
... orgás... uoi!!! pera aí, na te estiques...

Bom, o que é facto é que a notícia é boa e eu estou histérica:

Vou de férias!!!

Não, esperem, façam lá silêncio que eu acho que ninguém percebeu o alcance da coisa:

VOU DE FÉRIAS!!!

É... é verdade!!! 6 dias de férias... Mesmo na altura em que a sis cá vai estar... hahahahahaha

terça-feira, setembro 19, 2006

A tocar...

2046 OST


Filme fantástico!
Realizador a seguir atentamente!
OST só faz sentido depois de visto o filme...


Frases curtas desconcertantes no decorrer do filme: "Todas as recordações são rastos de lágrimas..."


"O amor é uma questão de oportunidade. De nada vale encontrar a pessoa certa antes ou depois do momento certo..."

Desconcertante!!!

Afinal há coincidências...

... e muitas...
e inesperadas. Mas afinal é o facto de algo ser inesperado que cria uma coincidência. Redundância.
E terão as coincidências algum significado?
E onde se confirma esse tal do significado da coincidência???
Ou simplesmente se sorri e se segue em frente e pronto e mai nada e esquece lá isso???
Se calhar é melhor...

De qualquer das formas, deixo aqui uma constatação: Afinal há coincidências... e muitas!

Tratado sobre a Musse

Tudo começou com uma pergunta que me deixou desconcertada. Vinda do nada e depois de um "Boa Tarde, como estão?" é disparado um:
- "Diz lá tu, ó Catarina, qual é a diferença entre a musse caseira e a musse instantânea?"
-" Não!!! Não podes perguntar assim! É antes: De que é que gostas mais? Musse instantânea ou musse caseira?"
A esta altura já eu estava de sobrolho franzido a pensar "Mas que raio vai sair daqui? Será que devo responder? Ou desvio o assunto como quem não quer a coisa?"
- "Não pá!!! Isso não interessa nada... O que interessa é saber se se come boa musse caseira em Lisboa..."
- "pronto o que se passa é que o amigo A diz que em Lisboa não há nenhum restaurante onde se coma musse instantânea... É sempre servida a musse caseira..."
Aqui achei que estava segura e respondi... Convenhamos, musse que é musse é a musse caseira. Claro que a bela da Alsa dá pó gasto e às vezes (naquelas alturas do mês... meninas percebem-me não percebem???) é um verdadeiro manjar dos Deuses. Não acredito que todo e qualquer Restaurante desta nossa Capital à beira-mar-plantada sirva musse caseira. Mas eu envergonhava-me de servir uma Alsa com nome de musse. Portanto, acho que podemos partir do princípio que a grande maioria dos restaurantes por este mundo fora servem a mussesita caseirita...

Mas o que interessa mesmo é a essência da coisa e vamos lá a saber, qual é a melhor musse que já se comeu???
Começamos, primeiro que nada pela eterna batalha entra a musse e a mousse... Eu cá sou apologista que o Luis XIV comia mousse enquanto os tugas na tugalândia comem musse...
Mas, será que há diferenças entre as ditas??? Epá, esta coisa saiu-me mais complicada do que havia previsto inicialmente... Chiça!!! Não estava previsto!

Bom, mas não querendo fugir ao fulcro da questão, o que importa aqui é falar sobre musse. Perdoem-me os mais sensíveis a estas coisas da ortografia, caligrafia, e várias outras ciências terminadas em gia, mas o que é mportante é falar daquela coisa castanha escura e não da forma como se escreve...

Ora, depois de ultrapassadas as dificuldades semânticas, passamos para a questão visual. "Musse que é musse tem que ser escura." E mai nada!!! Agora cá musses acastanhadas e castanho claro... Isso não é musse! É projecto, na melhor das hipóteses...
E mais, musse que é musse tem bolhas.
E musse que é musse tem uma camada dura por cima.
E musse que é musse depois de mexida e de envolvida a tal camada dura no restante néctar fica escorregadia. Pegando na colher e elevando-a na vertical o espesso "líquido" cai colher abaixo de forma que não se separa, não se desfaz... Ou seja, é algo macio, espesso, mas que escorre. É sedoso. E tem bolhas... nunca esquecer as bolhas...

Quando passamos para a parte do paladar... Sim, paladar, qual é o espanto? Eu sei que ninguém prova de boa-vontade uma coisa que é dura por cima, mas que depois de mexida amolece, e que é espessa mas escorrega da colher, e que é castanha escura... arghhhh!!! Mas acreditem, pode e deve-se passar à prova.
Pega-se numa colher e depois do tal ritual de mexer a dita da musse, bem mexida registe-se, retira-se um pouco na colher, passa-se a colher pela borda da taça... Acreditem, é mesmo assim. Este é o truque milenar (sim, que a musse é mais antiga que o próprio cagar... ai, escapou-se-me!!!) usado para evitar que a musse escorregue, escorra borda fora e cause espetáculo ainda mais nojento do que aquele que já se imagina...
Levada a colher à boca, é necessário fazer alguma pressão com os lábios na colher. Não esquecer que a musse é espessa e sem o devido cuidado, pode ficar um resto na colher... ou pior, escorrer pelo queixo abaixo. E ninguém quer ficar com uma coisa meio líquida, meio espessa, castanha escura a cair-lhe pela cara abaixo, pois não???
Bom, mas a musse já cá estava e é necessário saboreá-la. Epá, assim tanto não... Dentes castanhos também não é o mais bonito. Pronto, qb e seguindo o ritual engole-se a bela da dose...

E então? Convencidos? Doce qb. Espessa qb. Líquida qb. Com bolhas qb. E castanha qb...

Resumidamente a melhor musse é a musse qb. A verdadeira musse é aquela feita com chocolate de culinária Pantagruel, com ovos pequeninos, caseiros de preferência, e com o belo do açúcar, que essas paneleirices de adoçantes e coisas afins é só químicos... E a malta não se quer intoxicar pois não???

segunda-feira, setembro 18, 2006

Não há coincidências

A noite passou-se calma e serena com alguns despertares ligeiros e pautada por sonhos estranhos.
Passei a noite a sonhar que tenho que ir cortar o cabelo e que já está a espigar e que vou ter 2 casórios, portanto é a altura perfeita... Coincidência das coincidências, chego ao trabalho e uma colega pergunte: "Cortaste o cabelo???", e eu "Não!!! Eu??? Não, está no mesmíssimo comprimento e forma...", e ela "Parece!!! Está diferente...". Olho para o lado e o T cortou o cabelo. Já tinha reparado à entrada que o A tb tinha cortado o cabelo. A S voltou de férias com um cabelo novo. E a E tb lhe deu um jeito, embora seja sempre muito discreta nos cortes e pinturas que lhe dá... Mais um pouco e vou beber o café da manhã. Chego à cafetaria e o F cortou o cabelo. Olho para a mesa do lado e a S dos CP tb cortou...

Mau!!! Mas que raio é que se passa? Nãoe stou a perceber... De repente o meu corte de cabelo (que seria já hoje) perdeu o timming, a oportunidade... Acho que não vou entrar na onda e esperar mais uns dias para cortar o cabelo...

Alguém sabe quando é que está Quarto Crescente?

quarta-feira, setembro 13, 2006

Prá Rua Me Levar

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

Ana Carolina

Um pedido de desculpas prévio à navegação...

... mas não posso evitar:

Todo o estádio a cantar!!!
Todo o estádio a cantar!!!
Força SPORTING olé
Lá lá lá lá lá
Só eu sei...
Porque não fico em casa!!!

Uma curva belíssima...
Uma equipa fantástica...
És a nossa fé
Força SPORTING olé!!!!

SPOOOOORTING!!!

Jogo LINDO
Golo Fantástico...
Os miúdos mostraram que, mesmo sendo miúdos sem experiência, o querer faz-nos ganhar o Mundo...
Força putos... SPOOORTING!!!!

segunda-feira, setembro 11, 2006

Há dias assim... #15

Um ligeiro movimento fá-la regressar desse sono reparador que diariamente a deixa bem-disposta... Não se mexeu, e 2 segundos depois percebeu que era a gata que tinha acabado de acordar e que já provocava o gato para a brincadeira.
Schhhhh!!!!! Era a derradeira esperança de que tudo sossegasse durante os parcos 20 minutos de cama que lhe restavam antes do despertador tocar.
O sossego voltou. O silêncio imperou, e o despertador tocou. Achou que algo estava errado. O relógio marcava aquela hora. Num esforço hercúleo esticou-se e alcançou o telemóvel na mesa-de-cabeceira. Marcava a mesmíssima hora. "Aiiiiiii.... Porra!!! Não pode. Algo está errado. Está tão escuro lá fora... Não pode ser. Enganei-me nas horas. Será que a hora mudou e eu não dei por nada??? Será que... será que... Mais 10 minutos!!!"
O despertador sofre diariamente um a dois carinhos menos meigos... Estava na hora do primeiro. Mas os gatos já estavam engalfinhados na brincadeira, e já havia despertado. Só estava ali mesmo a apreciar o quentinho...
Finalmente decidiu-se.
Saiu da cama, levantou o estore e susto: além de estar escuro, ou seja, do sol ainda estar tão tímido que mal se notava, estava um nevoeiro de não se ver mais de 15 metros... "É o que dá morar perto do mar", pensou.
A rotina matinal está bem definida e por ela passou sem sobressaltos.
Meteu-se no carro e "here we go"... Ainda por cima é o dia de regresso à vida lectiva, pelo que o trânsito deve estar um caos. Estranhamente não estava. Fez o caminho como se de qualquer dia de pleno mês de Agosto se tratasse.
Mas o tempo.... o tempo dá cabo dela. Esta coisa de sentir o Verão esvair-se a pouco e pouco. De notar cada grau que se perde na temperatura diária... De notar o amanhecer tardio e o entardecer precoce... este tempo que nem é nem deixa de ser, ora ameaça que chove, ora faz um calor danado... E o nevoeiro. E a luz que passa entre as nuvens e quase cega. Quem tem olhos sensíveis sabe do que falo. Pior que um dia de sol resplandecente é um dia de nevoeiro em que a luz escapa atrevidamente por entre as bolas de algodão. Parece que ganham outra força, como quem diz; haha consegui escapar-te!!! Ganhei-te!!!
Este decair do calor, da luz sem obstáculos, do dia de 18 horas... tudo isto se vai sentindo na pele... e a luz!!! ai a sacana da luz que dá cá uma dor de cabeça!!!
Há dias em que um simples raio de sol é um presente de milhões...
Há dias em que o verde daquela árvore se torna diferente...
Há dias em que até a chuva, ou a sua ameaça é motivo para sorrir...
Há dias em que o Mundo é a nossa concha e nela escrevemos o nosso caminho...
Há dias em que tudo e nada é felicidade...
Há dias em que o ar passa assim sereno, descuidado, meigo...
Há dias assim...

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sexta-feira, setembro 08, 2006

Momentos...

Por sugestão da sis fui espreitar...

A delicadeza de um sorriso.
A cumplicidade de um olhar.
A serenidade de uma voz.
A doçura de uma palavra.
A beleza de um traço de rosto.
A subtileza de um som.
A força de um sentimento.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Encontros...

Hoje tive um chamado encontro imediato...
Uma daquelas pessoas que não vemos há anos, mas que em tempos nos marcaram, e muito. Fez parte do meu crescimento. Participou na minha formação enquanto pessoa. Portanto também colaborou na construção daquilo que hoje sou.
Na prática de um desporto orientava, estimulava, ralhava, corrigia, formava, inspirava... fazia-nos andar na linha e evoluir e crescer e desenvolver... Feitio tramadíssimo, mas à sua maneira era carinhosa na altura certa. Atenciosa. Estava lá.
Super criativa, despertou em nós o sentido crítico e a curiosidade para o diferente, o menos pop, o menos comercial. Fez nascer em mim o fascínio pelo alternativo... pelo diferente...

E de repente, um dia, na minha hora de almoço vou a andar no shopping, e alguém vem contra mim... Pede-me imensas desculpas, uma vez que quase me deitou ao chão e no meio do rebuliço e da confusão olho para o lado e vejo essa pessoa. De repente ficamos mudas. E depois histéricas... E depois queríamos saber tudo. E não dava tempo.

CM aqui fica a minha homenagem. Também tu fazes parte do meu processo de crescimento e formação enquanto pessoa. Também tu fizeste de mim o que sou hoje...

quarta-feira, setembro 06, 2006

Manhãs...

O despertador toca e pela janela entra uma luz simpática.
Nem preciso mexer-me para perceber que está um dia fantástico. Calor. Sol. Pássaros que cantam. Enfim, um verdadeiro dia de Verão, embora o fim esteja próximo. Levanto-me cheia de energia. Dormi o suficiente, ontem deixei a conversa em dia com a amiga C e está tudo bem... Mas a energia passa depressa. No rádio vou ouvindo as baboseiras do Programa da Manhã, e aos poucos aquela aparente energia vai-se esvaindo. Foi sol de pouca dura.

Nunca tive acordares difíceis, rabujentos, mal dispostos, mas confesso que ultimamente tenho tido algumas birras, falta de energia recorrente e acordares mais violentos...

Custa a pegar, o motor...

Por acaso ninguém sabe qual a cura milagrosa para acordares rabujentos, não???
E não... não me falem em férias, porque isso sim, deixa-me de mau humor... Essas são apenas uma miragem. Quem sabe para o ano...

terça-feira, setembro 05, 2006

Há dias assim... #14

Há dias em que o pensamento navega...
Navega mundo afora...
Navega sentimentos afora...
Navega...
Há dias em que pensamos tudo e nada, em que o pensamento flui sem destino, em que nos deixamos levar sem amarras...
Há dias em que as convenções perdem toda e qualquer réstia de sentido e na nossa cabeça ganham forma ilusões... desejos...
Há dias em que voltamos a ser crianças... a imaginação de uma criança... a inocência de uma criança... a falta de tabus de uma criança...
E o pensamento flui e flui e caminha e cresce e faz sorrir...
Sorrisos...
Há dias em que os sorrisos têm outro tamanho, têm outro fundamento, têm outro sentido...
Há dias em que escorraçamos para aquele cantinho escondido do coração, os medos, a dor, a saudade... e apenas sorrimos.
Sorrir por homenagem...
Sorrir por nervosismo...
Sorrir porque sim... mas sempre sorrir.
Há dias em que os sorrisos fluem ao sabor do pensamento e surgem com uma honestidade inigualável...
Há dias em que sorrio porque sim, e é porque sim que quero sorrir...
Há dias assim...

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Caminho!

Ao sabor do vento vou caminhando.
Pelo som das ondas sou guiada.
Onde? Quando? Que destino?
Não sei.
Apenas sigo. Vou.
Nesta inconsciência apática. Neste caminhar sem destino, sem ritmo, sem direcção... Caminho! Através da estrada da vida...
Cruzamentos, curvas apertadas, lombas... Mas sigo. Sempre em frente e de preferência sem sequer olhar para trás...