segunda-feira, abril 17, 2006

Momentos

Um pôr-do-sol. Uma luz brilhante. Directa. Forte. Ofusca. Obriga a semi-cerrar os olhos. Intensa. Passa uma núvem e facilita o olhar. De dentro da núvem saiem feixes de luz opaca. Menos brilhante. Induzem a imaginar um caminho. Um caminho, um escorrega, um túnel. Que nos leva da luz brilhante e forte à calma das águas límpidas. Azuis. Frescas. Calmas. Um escorrega que induz a emoção da descida. A gargalhada feliz e espontânea que se solta quando a adrenalina dispara. O caminho é induzido, é certo. Mas não deixa de ser emocionante. A núvem passa e volta a luz forte, incandescente. E o reflexo vê-se no azul do mar. Forma uma espécie de espelho. Um lago dentro do mar. Um lago mais sereno que tudo o resto. Um lago que convida a banhos de emoção. Banhos cujo calor confortam o coração. E a alma.
Saio de dentro do cenário do meu sonho acordado e vejo o pôr-do-sol. Um pôr-do-sol que a cada dia que passa ganha encanto. Um sol que se põe só para mim. E que me concede toda a sua serenidade. Generosidade. Encanto. Emoção.
Se tiver que eleger uma hora do dia, é esta. Quando a luz já não é luz, mas apenas réstia. Quando o frio começa a convidar a aconchegos e abraços. Quando o silêncio se sobrepõe a tudo o resto. Quando este silêncio é veículo de comunicação sem palavras. Quando finalmente o dia já passou e o que resta é todo meu. A mim pertence e dele faço o que quero. E eu escolho ficar a olhar, observar, admirar. No silêncio. No aconchego. No abraço.

2 Comentários:

Às abril 21, 2006 6:39 da tarde , Blogger Folha de Chá disse...

:) Que privilégios tão bons.

 
Às abril 23, 2006 11:21 da tarde , Blogger Catarina disse...

folha de chá,
acredita!!! hehehe

 

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