Regresso inesperado...
Regresso a um lugar muito meu. Especial!Em miúda, calcorreava cada pedaço desta areia... Conhecia como a palma da minha mão cada declive de cada duna. Sabia onde estavam os pequenos arbustos com espinhos que tanto gostavam de presentear as solas dos pés. Era bom andar sempre descalça. Livre! Correr ao sabor do vento e da vontade...
Agora está diferente! Não conheço os caminhos, nem as dunas. Talvez até fosse capaz de me perder no meio do pequeno arvoredo que conhecia como ninguém.
O mar... Esse é o mesmo. O mesmo que me prendia o olhar por horas a fio. O mesmo mar agitado que ajuda a expurgar... A mesma linha do horizonte que sempre me fascinou... Não existe, mas está lá. Nítida! Indiscutível! Incontornável! Sorrio à analogia que se desenha no meu pensamento...
A maré está cheia. Em vez de gaivotas, um inesperado corvo depenica qualquer coisa à beira da água. Não percebo o que é e, quando me sente a presença, voa para nenhures.
Azul... Diversos são os tons e sons que me presenteiam a alma neste momento em que me viro para dentro. Queria colocar um letreiro Fechado para Balanço... ou até para Obras...
Está vento! Um vento que me faz voar o cabelo... Gosto de o sentir solto e com vida. Quase com vontade própria... Deixa-se ir e estar. Simplesmente plana ao sabor e capricho da aragem.
O sol, tímido, entra-me pelas roupas pretas e gera algum calor. Pouco! Lá no fundo, um banhista destemido entra pelas ondas adentro. Louco! Nem calculo a temperatura...
Gostava de aprender a vomitar palavras e sensações. Explicar brevemente o que me vai no peito e na alma. Mas tudo me sai aos tropeções... Há sempre algo mais a acrescentar, a clarificar, a dizer de outra forma... outras palavras...
Aqui acalmo-me. Abranda o batimento do coração. Serena a respiração. Olho em frente. O azul do mar, mais escuro no horizonte. O céu. A espuma branca das ondas que rebentam na areia clara, fina, macia...
Agora está diferente! Não conheço os caminhos, nem as dunas. Talvez até fosse capaz de me perder no meio do pequeno arvoredo que conhecia como ninguém.
O mar... Esse é o mesmo. O mesmo que me prendia o olhar por horas a fio. O mesmo mar agitado que ajuda a expurgar... A mesma linha do horizonte que sempre me fascinou... Não existe, mas está lá. Nítida! Indiscutível! Incontornável! Sorrio à analogia que se desenha no meu pensamento...
A maré está cheia. Em vez de gaivotas, um inesperado corvo depenica qualquer coisa à beira da água. Não percebo o que é e, quando me sente a presença, voa para nenhures.
Azul... Diversos são os tons e sons que me presenteiam a alma neste momento em que me viro para dentro. Queria colocar um letreiro Fechado para Balanço... ou até para Obras...
Está vento! Um vento que me faz voar o cabelo... Gosto de o sentir solto e com vida. Quase com vontade própria... Deixa-se ir e estar. Simplesmente plana ao sabor e capricho da aragem.
O sol, tímido, entra-me pelas roupas pretas e gera algum calor. Pouco! Lá no fundo, um banhista destemido entra pelas ondas adentro. Louco! Nem calculo a temperatura...
Gostava de aprender a vomitar palavras e sensações. Explicar brevemente o que me vai no peito e na alma. Mas tudo me sai aos tropeções... Há sempre algo mais a acrescentar, a clarificar, a dizer de outra forma... outras palavras...
Aqui acalmo-me. Abranda o batimento do coração. Serena a respiração. Olho em frente. O azul do mar, mais escuro no horizonte. O céu. A espuma branca das ondas que rebentam na areia clara, fina, macia...
FONTE DA TELHA
1/VI/2008
3 Comentários:
Compreendi as tuas palavras. Passei por lá - fonte da telha - à uns tempos e é absolutamente fantástico.
i&u,
imagina se fosse um local que fizesse parte da tua infância, e do teu crescimento...
Mais ainda compreenderia :P
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