quarta-feira, maio 21, 2008

Tremendo

Disse-lhe para ir... e foi! Subiu 3 andares com a sofreguidão de um ano de espera e ânsia e instigação e contenção...
As pernas tremiam-lhe e não era de cansaço. Sorriu! Corou! Respirou fundo a dar a conhecer o cansaço... ou a disfarçar tudo o resto. Pediu um copo de água. Ajudaria a recuperar o fôlego... ganhar tempo para acalmar os batimentos descompassados e desorientados de um coração que há muito o esperava. Deu-lho. Ao passá-lo para as suas mãos, olharam-se nos olhos. Perto. Cobardemente, baixou os seus e agarrou-se ao copo de água com as duas mãos. Confessou: Estou a tremer... Muito! Riram... Bebeu a água. Apenas dois ou três tragos. Não cabia mais... Estômago cheio de nada... Não aguentava mais aqueles olhos pousados nos tremeliques das suas mãos. O som do copo a bater-lhe nos dentes. O sorriso especado a constatar o nervoso miudinho... Ali ao lado, olharam-se. Perto! Muito perto! Tremiam ambos... Pousou-lhe a cabeça no ombro. Era o primeiro contacto físico que tinham... De imediato se abraçaram. Acariciou-lhe o cabelo. Afastaram-se um pouco. Olharam-se. O primeiro beijo. Tremiam ambos... Pega-lhe na mão e coloca-a no seu peito. O batimento cardíaco era rápido. Forte. Compassado. Nervoso. Os olhares sorriram... Entregaram-se a um prazer adiado demasiadas vezes... Sorriram. Riram. Admiraram. Sussurraram. Brincaram. Gemeram. Gritou... Absorveram-se com o olhar, a boca, as mãos que percorriam cada pedaço de pele. Olhares. Diversos. Intensos. Prolongados. Desafiantes. Agradados. Curiosos. Alegres...
Deixaram-se envolver em gestos e prazeres por tantas vezes imaginados, sonhados, ansiados, adiados... Talvez por isso a intensidade. Mas não deixaram de brincar, de rir, de estar estranhamente à-vontade. A nudez não lhes diminuia a naturalidade. Apesar de ter alguns receios em relação a essa partilha deixou-se ir... deixou-se estar. Nem pensou. Simplesmente voou num prazer por demais desejado. Encaixaram-se uma e outra vez. Sempre de olhos postos. Admirou-lhe um olhar nunca visto. Admirou-se com a estranheza e questionou. Classificou-o! Admirou-o novamente. Provocaram-se mutuamente... Esqueceram o mundo e tudo o que rodeava...
Ofegantes, recostaram-se! Sorriram. Riram. Toques subtis. Meigos mas não intrusos. Doces mas não invasivos. Afinidade? Intimidade? Partilha de coisas comuns. Palavras que se soltam e voam.
Desceu os três andares a saltitar... Quer concerteza tornar! Quer voltar a encaixar, a olhar, a tremer, a corar, a gemer, a acariciar, a beijar, a rir e a sorrir...

Etiquetas:

2 Comentários:

Às maio 23, 2008 10:45 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

A paixão é loucaaaaaaaaaaaaa :-)))
E sabe tããããããão bem.............

 
Às maio 28, 2008 8:55 da tarde , Blogger Catarina disse...

kikas,
loucura é, de facto, a palavra certa... hehehe Mas se não formos todos um bocadinho loucos... que viveríamos nós?

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial