terça-feira, junho 13, 2006

Vidas...

Mais um ano sem férias significa mais uma ano em que os fins-de-semana e feriados são vividos com um saborzinho especial.
No ano passado nem sequer consegui gozar o belo do Santo Antoninho... Pois é: trabalhar nos feriados é tramado, mas a época alta da empresa assim o exigia e o trabalho era tanto que lá fomos para a jolalândia das 9h da manhã às 20h30... Claro que somítica como é aquela empresa primeiro que se recebesse a retribuição devida foi um castigo. Recebi o 13 de Junho com o vencimento de Novembro, após longa e acérrima luta. Mas isso são outros 500 e águas passadas não movem moinhos...
No entanto, no dia de hoje, não consegui deixar de pensar neste mesmo dia há um ano atrás...
O de hoje foi passado na maior das descontracções. A minha caminhada logo de manhãzinha, depois fui sentar-me numa pedra a acabar o meu livro, num local recém-descoberto e que tem uma beleza fora do comum... É lindo este nosso país!!!
De tarde fui até à praia. Claro que o tempo não está de Verão... longe disso e pasado um bocado estava tão arrepiada que resolvi vir em busca dum belo leite com chocolate. Há imenso tempo que não bebia um...
Sentada na varanda a saborear o dito aprecio as brincadeiras das andorinhas. Atrevidas as gajas! De um lado para o outro quase chocam umas com as outras, mas sempre com o alegre piar na ponta do bico. Absorta nestas observações lembrei-me que no Domingo me cruzei com um espécime nunca antes visto por estas paragens. Sua excelência o lagarto verde azulado com cerca de 40 cm atravessava calmamente a estrada. Eu??? Claro, parei. Sua excelência estava a atravessar calma e pachorrentemente... uma pata para a frente, a outra segue-se-lhe e pata ante pata aqui vai disto... Finalmente atinge o outro lado da estrada pelo que posso seguir caminho.
Fico a pensar: Só eu é que paro para deixar passar um lagarto. Qualquer outra pessoa, ou nem reparava, ou mesmo reparando passar-lhe-ía por cima.
Já hoje ouvi uma gralha com o seu GRAAAA GRAAA, cruzei-me com um coelho selvagem, vi gaivotas a planar contra o vento, e fiz festas, muitas festas ao cão da praia, o Gil, e fiz festas, muitas festas ao meu Baco (e lembrei-me da bicharoca que há-de vir...), e apreciei a marcha lenta e cadenciada dos amigos bichinhos de conta e das joaninhas e das pulgas da praia... Perante tudo isto sorrio, mas fico a pensar: Espera lá, a bióloga é a outra. Terei errado a profissão ou estou só a habituar-me a viver no campo?

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