Rescaldo da 1ª noite Delta Tejo
20 de Julho, 6ª-feira, fim de tarde... a malta sai do trabalhinho e entra em espírito de fim-de-semana. Uma passagem rápida por debaixo do chuveiro, calças de ganga, os velhos companheiros de aventuras all star pretos, um casaquito (que se provou ser pouco), qualquer coisa para entreter o estômago e aí vamos nós para o Festival Delta Tejo...
Os primeiros a actuar tinham sido Ive Mendes e Los de Abajo. Como não os conheço, não sei o que perdi. À chegada, os Loto ainda animavam o palco secundário.
O recinto está bem organizado... bancas de comida, bebida e claro, café Delta, por todo o lado; wc's distribuídos mas nem por isso menos imundos que o costume nestas andanças... Não fosse o tipo de piso e a falta de iluminação à saída e nada teria a apontar. Mas, de facto, aquela terra castanha fininha, cheia de pedregulhos enormes não lembra a ninguém... Pés torcidos e malta a ameaçar espatifar-se no meio do chão foi o que não faltou...
Mas enfim, é este o espírito de Festival: não te armes em dondoca ófaxavor e anda lá, mas é, que a malta veio pa curtir som do bom...
Pouco depois, começa no palco principal, André Sardet. Ouvimos meia dúzia de músicas sem grande entusiasmo e lá nos rimos piedosamente das piadas do rapaz que, tentou animar a malta...
Mas ainda o Sardet não tinha acabado e a tenda que acolhia o palco secundário já estava bastante composta. Os Terrakota entram em campo e 20 segundos depois o público está ao rubro. O conceito do Festival apenas lhes permitia, uns escassos 25 minutos de concerto, mas estes Senhores (com S maiúsculo propositadamente), mereciam bem mais e, mesmo com tão pouco conseguiram ser dos, senão os melhores da noite (não fosse o Furacão e o seu milagre...). A ziguezagueante, dançante e versátil Romi, o não menos versátil Júnior agarrado a uma panóplia de instrumentos; inesperados uns, mais comuns outros... O Zé e a sua sítara (do alto da minha ignorância, atrevo-me a arriscar o nome da bicha), Nata, o homem dos mil talentos (quem o viu dançar ao lado da Romi sabe o que quero dizer...), Humberto, o indispensável senhor da percussão, Francesco, Davide e Alex... Uma família (como eles próprios se definem) em palco, que num tão curto espaço de tempo conseguiu levar a adormecida (ontem especialmente) multidão ao rubro!!! São notórias as diversas influências no seu estilo e música: do samba ao reggae, passando por sons, ritmos e movimentos mais orientais... Aconselho vivamente, a quem pretender ouvir algo descontraído (preparem-se para a moca, quanto mais não seja, de cheiro...), bem disposto, ritmado e, podemos dizê-lo: diferente!!! Muito bom!!!
Seguiram-se os Papas da Língua no palco principal. É indiscutível que os senhores têm qualidade. É indiscutível que os senhores têm uma música muito conhecida que todo o público conhecia e cantou e gritou... Mas também é indiscutível que a malta não conhecia muito mais deles... Os rapazes, e diga-se, o jeitoso do vocalista, que é um rapaz bastante engraçado e transpira saúde (:P), bem que se esforçaram por animar a malta e puxar por "Ôbrigadu Portugau", "Boa noitje Lizboá", mas a malta mal se mexia.
Pode dizer-se que o público estava mono... E aqui, um pequeno apontamento é devido: acho que foi o Festival a que fui, em que o público era o mais diversificado... Via-se de tudo: desde famílias felizes que íam levar as meninas de barbies a ouvir o "Eu sei" dos Papas e o Furacão, a maltinha jovem, muito jovem, agarrados que nem lapas ao charrito, a senhoras que vieram do escritório sem passar por casa (o fato deve ter ido pó lixo, concerteza...). Enfim, diversidade e multiculturalismo... É o que se quer, a par do são convívio...
Bom, os Papas, conceituadíssima banda no Brasil, com provas dadas e prémios ganhos lá fizeram o seu trabalhinho e, habituados que estão ao animadíssimo, alegre e quase histérico, público brasileiro, devem ter ficado com péssima mpressão do público português... Não fosse o Furacão salvar a noite, e teriam ponderado seriamente a hipótese devnão voltar... Digo eu...
Um pequeno apontamento para referir que é notória a influência de Lenny Kravitz no senhor que canta... Diga-se de passagem, como gosto imenso do velhito e nada apagado Tio Lenny, a semelhança deixou-me bastante agradada... Quer em termos visuais, quer em alguns comportamentos em palco, quer até algumas expressões musicais... lembrou-me o outro...
Bom, e depois no Palco secundário estava a Filarmónica Gil. Perdoem-me os senhores, mas foi aqui que aproveitei para ir conhecer os wc, beber mais um cafezito quentinho e mexer um bocadinho as pernas que já se me estavam a atrofiar... E nem sequer os vi ou ouvi, porque fui logo para o meio da multidão em busca de calor humano numa noite de pleno e vigoroso Verão... Irra!!! Por momentos cheguei a pensar que estavamos em Fevereiro ou qualquer coisa do género.
E depois, veio o concerto "cabeça de cartaz". Sua excelência, o Furacão, Sô Dona Daniela Mercury arrasou com a night e "salvou" a honra do público tuguês... Durante mais de 2h de concerto, a senhora, no auge dos seus 40 e muitos anos, dançou, saltou, cantou, e encantou... Já não se lhe nota a energia e vigor de tempos idos, mas olhem que... não me importava de chegar à idade dela com aquele corpinho (a porca!!!!). A malta começou mona e metida consigo mesma. Lá soltava umas apreciações e umas palminhas e tal, mas muito longe da energia típica do público português, tido como o melhor da Europa... Mas a senhora tanto fez, e tanto puxou e tanto cantou e tanto brincou que coseguiu acordar a malta. E depois de uma cena ternurenta de um Afonso de não mais que 3 ou 4 anos, que subiu ao Palco e igualmente dançou, cantou, correu, beijou e abraçou a senhora Mercury, o público então foi ao rubro. Mérito à senhora, ófaxavor, que apesar de ter à sua frente uma cambada de monos, conseguiu arrancar dali um concerto fantástico e animado como só uma brasuca sabe fazer...
E aproveitou para dizer que os Papas estavam ali ao lado a ver o show... portantes, pode ser que os rapazes considerem e voltem a estas paragens...
Hoje é dia de descanso que a malta não é de ferro, e a noite de ontem deixou-me derreada e com uma dor nas cruzes que não lembra a nnguém... Andam por lá o Crlnhos Brown e os Mesa, que não me importava nada de ver (entre outros), mas a vidinha é feita de escolhas e como a minha terrinha até está em festa e hoje vem cá a cachopa Paula Teixeira (que nunca vi nemm ouvi nem nada que se pareça), vou poupar o gasóleo (que os tempos andam maus) e vou ficar pela terrinha...
Os primeiros a actuar tinham sido Ive Mendes e Los de Abajo. Como não os conheço, não sei o que perdi. À chegada, os Loto ainda animavam o palco secundário.
O recinto está bem organizado... bancas de comida, bebida e claro, café Delta, por todo o lado; wc's distribuídos mas nem por isso menos imundos que o costume nestas andanças... Não fosse o tipo de piso e a falta de iluminação à saída e nada teria a apontar. Mas, de facto, aquela terra castanha fininha, cheia de pedregulhos enormes não lembra a ninguém... Pés torcidos e malta a ameaçar espatifar-se no meio do chão foi o que não faltou...
Mas enfim, é este o espírito de Festival: não te armes em dondoca ófaxavor e anda lá, mas é, que a malta veio pa curtir som do bom...
Pouco depois, começa no palco principal, André Sardet. Ouvimos meia dúzia de músicas sem grande entusiasmo e lá nos rimos piedosamente das piadas do rapaz que, tentou animar a malta...
Mas ainda o Sardet não tinha acabado e a tenda que acolhia o palco secundário já estava bastante composta. Os Terrakota entram em campo e 20 segundos depois o público está ao rubro. O conceito do Festival apenas lhes permitia, uns escassos 25 minutos de concerto, mas estes Senhores (com S maiúsculo propositadamente), mereciam bem mais e, mesmo com tão pouco conseguiram ser dos, senão os melhores da noite (não fosse o Furacão e o seu milagre...). A ziguezagueante, dançante e versátil Romi, o não menos versátil Júnior agarrado a uma panóplia de instrumentos; inesperados uns, mais comuns outros... O Zé e a sua sítara (do alto da minha ignorância, atrevo-me a arriscar o nome da bicha), Nata, o homem dos mil talentos (quem o viu dançar ao lado da Romi sabe o que quero dizer...), Humberto, o indispensável senhor da percussão, Francesco, Davide e Alex... Uma família (como eles próprios se definem) em palco, que num tão curto espaço de tempo conseguiu levar a adormecida (ontem especialmente) multidão ao rubro!!! São notórias as diversas influências no seu estilo e música: do samba ao reggae, passando por sons, ritmos e movimentos mais orientais... Aconselho vivamente, a quem pretender ouvir algo descontraído (preparem-se para a moca, quanto mais não seja, de cheiro...), bem disposto, ritmado e, podemos dizê-lo: diferente!!! Muito bom!!!
Seguiram-se os Papas da Língua no palco principal. É indiscutível que os senhores têm qualidade. É indiscutível que os senhores têm uma música muito conhecida que todo o público conhecia e cantou e gritou... Mas também é indiscutível que a malta não conhecia muito mais deles... Os rapazes, e diga-se, o jeitoso do vocalista, que é um rapaz bastante engraçado e transpira saúde (:P), bem que se esforçaram por animar a malta e puxar por "Ôbrigadu Portugau", "Boa noitje Lizboá", mas a malta mal se mexia.
Pode dizer-se que o público estava mono... E aqui, um pequeno apontamento é devido: acho que foi o Festival a que fui, em que o público era o mais diversificado... Via-se de tudo: desde famílias felizes que íam levar as meninas de barbies a ouvir o "Eu sei" dos Papas e o Furacão, a maltinha jovem, muito jovem, agarrados que nem lapas ao charrito, a senhoras que vieram do escritório sem passar por casa (o fato deve ter ido pó lixo, concerteza...). Enfim, diversidade e multiculturalismo... É o que se quer, a par do são convívio...
Bom, os Papas, conceituadíssima banda no Brasil, com provas dadas e prémios ganhos lá fizeram o seu trabalhinho e, habituados que estão ao animadíssimo, alegre e quase histérico, público brasileiro, devem ter ficado com péssima mpressão do público português... Não fosse o Furacão salvar a noite, e teriam ponderado seriamente a hipótese devnão voltar... Digo eu...
Um pequeno apontamento para referir que é notória a influência de Lenny Kravitz no senhor que canta... Diga-se de passagem, como gosto imenso do velhito e nada apagado Tio Lenny, a semelhança deixou-me bastante agradada... Quer em termos visuais, quer em alguns comportamentos em palco, quer até algumas expressões musicais... lembrou-me o outro...
Bom, e depois no Palco secundário estava a Filarmónica Gil. Perdoem-me os senhores, mas foi aqui que aproveitei para ir conhecer os wc, beber mais um cafezito quentinho e mexer um bocadinho as pernas que já se me estavam a atrofiar... E nem sequer os vi ou ouvi, porque fui logo para o meio da multidão em busca de calor humano numa noite de pleno e vigoroso Verão... Irra!!! Por momentos cheguei a pensar que estavamos em Fevereiro ou qualquer coisa do género.
E depois, veio o concerto "cabeça de cartaz". Sua excelência, o Furacão, Sô Dona Daniela Mercury arrasou com a night e "salvou" a honra do público tuguês... Durante mais de 2h de concerto, a senhora, no auge dos seus 40 e muitos anos, dançou, saltou, cantou, e encantou... Já não se lhe nota a energia e vigor de tempos idos, mas olhem que... não me importava de chegar à idade dela com aquele corpinho (a porca!!!!). A malta começou mona e metida consigo mesma. Lá soltava umas apreciações e umas palminhas e tal, mas muito longe da energia típica do público português, tido como o melhor da Europa... Mas a senhora tanto fez, e tanto puxou e tanto cantou e tanto brincou que coseguiu acordar a malta. E depois de uma cena ternurenta de um Afonso de não mais que 3 ou 4 anos, que subiu ao Palco e igualmente dançou, cantou, correu, beijou e abraçou a senhora Mercury, o público então foi ao rubro. Mérito à senhora, ófaxavor, que apesar de ter à sua frente uma cambada de monos, conseguiu arrancar dali um concerto fantástico e animado como só uma brasuca sabe fazer...
E aproveitou para dizer que os Papas estavam ali ao lado a ver o show... portantes, pode ser que os rapazes considerem e voltem a estas paragens...
Hoje é dia de descanso que a malta não é de ferro, e a noite de ontem deixou-me derreada e com uma dor nas cruzes que não lembra a nnguém... Andam por lá o Crlnhos Brown e os Mesa, que não me importava nada de ver (entre outros), mas a vidinha é feita de escolhas e como a minha terrinha até está em festa e hoje vem cá a cachopa Paula Teixeira (que nunca vi nemm ouvi nem nada que se pareça), vou poupar o gasóleo (que os tempos andam maus) e vou ficar pela terrinha...
1 Comentários:
No Delta Tejo já não nos cruzamos, estimada vizinha!
Optei por poupar os meus tostões noutras oportunidades que surgirão...quem sabe, não aproveitarei uma escapadazita a terras de Fidel lá para o mês de Outubro...
É que o que o rapaz queria mesmo ouvir, (porque gosta mesmo muito), eram os Orishas. Mas, tendo em conta que os meninos só começam a tocar na Segunda Feira, e que este menino vai voltar ao ritmo e rotina do trabalho, após umas merecidas férias, umas horitas depois, achei melhor ficar por casa, como bem comportado que sou...
Bom concerto da Paula Teixeira. Depois hás-de me dizer se essa menina se safa nas lides musicais...
Beijinho e bom Domingo
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