quarta-feira, janeiro 10, 2007

Há dias assim... #20

Somos constantemente confrontados com a decisão. A alternativa. A escolha. A opção.
A indecisão. A incerteza. A dúvida. A hesitação.
E há que seguir em frente.
É necessário escolher.
É necessário optar.
E é sobretudo, necessário assumir as consequências.
Cada acto tem consequências. E cada um terá de lidar com as consequências desse acto. Poderá ser uma coisa tão simples como decidir entre um ovo estrelado ou um ovo mexido. Ou pode ser algo que terá implicações no dia-a-dia e na vida de várias pessoas.
Qualquer decisão deverá ser ponderada. Mas qual é o tempo razoável da ponderação? 5 minutos? 5 segundos? Uns dias? Semanas? Meses? Anos? Como tudo, é tão relativo! E depois de tudo isto, a decisão agrada ou não? E se agrada, agrada a quem? O importante é que agrade a determinados elementos ou à maiorira? E se a maioria não é implicada e não sente a decisão?
Bom, é facto assumido e reconhecido: decidir não é fácil... Nunca foi e não passará a ser qual decisao de Ano Novo: "Este ano vou decidir mais e melhor"...

Perante um cruzamento sem indicações, para onde viramos? Na falta de certezas, normalmente sigo em frente, mas... Em frente sempre me pareceu uma boa escolha...
Há dias em que a única coisa que queremos, agradecemos, esperamos é uma decisão.
Há dias em que escolher entre 2 pares de calças é um dilema inigulável...
Há dias em que o cruzamento se transforma em rotuda de mil saídas e outras tantas entradas, e o ir em frente não é linear. Em frente apresenta-se-nos como meia dúzia de opções. Pior: essa rotunda além de nebulada, está cheia. Literalmente apinhada de gente que não escolhe, não decide, não opta. E estão mesmo ali. À nossa frente, no nosso caminho, no nosso ângulo de visão. A turvação aumenta e a irritação acompanha-a.
Há dias em que o que esperamos se torna tão sufocante que não entendemos que o output demore ainda mais...
Há dias em que queremos saber de uma vez, e que venha logo, e estamos prontos para o que der e vier, e não queremos esperar mais e... o que queremos é a decisão, a escolha...
Há dias em que a escolha de outrem tem o dom de nos mudar a vida... ou de nos deixar na mesmíssima pasmaceira de que queremos fugir...
Há dias em que tudo dava para ter bola de cristal e saber o que vai sair dali...
Há dias assim...

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