Epá, podias ter avisado...
Cheguei a casa, o relógio marcava 20h13.Instigada pelo ânimo de um amigo (para quem se dirige o recado lá de cima...), resolvi voltar ao activo. Vesti as calças e a t-shirt. Calcei os ténis, peguei na chave e aí vou eu!!!
Levei um paninho e limpei a bicla que está lá em baixo na garagem há quase 3 semanas exactamente na mesma posição... e fui!
Chiça!!!
Gaita!!!
Há muito tempo que não ficava naquele lindo estado. No total não andei mais que 400m... Saí, portão fora e como a rua tem uma ligeira inclinação que depois se acetua, estava mais preocupada em reaprender a andar de bicicleta, em manter o equilíbrio e em descobrir que os travões não executam, com um mínimo de eficiência, a sua função (AAAAAAIIIIIII!!!!!! Ainda me estampo nesta bodega!!!)... do que propriamente em pedalar. Quando chegou a parte da subida... Então??? Mas esta gaita n anda??? Mas o pedal está preso ou quê??? Espera, isto é uma bicla com mudanças. Ponho nas low e nada. Volto às high e nada. Porra!!! Saio da bicla e subo aquilo a pé, com a bicla na mão.
Vamos lá ver se percebo esta coisa das mudanças... Ora então vamos experimentar. Duas pedaladas e... Merda!!! A corrente saltou... Que porra!!! Mal tento chegar à corrente já tenho a mão toda borrada. Ok... Desisto. Vou pa casa a pé... Aqui já eu ofegava. Epá, pera aí. Este último pedaço que eu subi posso descer sem a ajuda da corrente. Com sorte, apanho balanço e ainda subo um bocadinho... Se bem o pensei, melhor o fiz... E depois comecei a ir a pé.
Epá, mas não pode ser... Eu teho que pôr a corente no sítio. Entre pô-la na garagem e pô-la aqui, cago já as mãos e pronto. Consegui!!! Done... Vamos lá a mais uma tentativa. Dei duas ou três pedaladas, mas aqueles pedais pesam toneladas. Ok!!! Não quero saber!!! Vou a pé... Mas, isto não faz sentido. Eu tenho que perceber como é que esta gaita funciona. Mais umas mexidelas nas mudanças e nova tentativa. Ora, como isto até nem é assim muito a subir talvez eu consiga. Porra mas os pedais ainda pesam imenso... Os últimos 50 metros foram feitos com um esforço físico fora do normal... Mas se os vizinhos me vissem chegar até nem fazia má figura. Entrei na garagem a pedalar e a seguir morri...
Encostei a bicla e subi os 3 andares... Acho que nunca aqueles degraus foram tão grandes... e tantos... Entro em casa tão ofegante que o Baco deve ter pensado que tinha acabado de fazer a Maratona... não fosse eu ter demorado tão pouco tempo. Eram 20h41. Que coisa... Tanto esforço para, pensando bem, não ter feito nem 400m e ter demorado uns 15 minutos???
Epá, podias ter avisado que era asism tão custoso...
Confesso que há muito tempo que um banho não me sabia tão bem.
Acho que vou esquecer a bicla e voltar às caminhadas. Pelo menos consigo respirar quando chego a casa. Lá se vai o meu projecto de ir para a praia de bicla.
2 Comentários:
Não desistas já!
Temos de fazer um esforço, vais ver que quando tentares mais um pouco as coisas correm melhor! Posso dizer-te que o melhor ano de praia que fiz aconteceu qaundo tinha uns 18 anos e fiz um Mês inteirinho de praia em que ía todos os dias de bicicleta (e não tinha mudanças nem era ultraleve, era uma velhinha bicicleta de "senhora). Fazia mais ou menos 28km por dia (Ílhavo Costa Nova) e também tinha umas 2 subidas complicadas. No fim dos primeiros dois dias eu e uma colega não nos mexiamos, demoravamos 40 minutos a uma hora a chegar ao destino e estavamos para morrer o resto do dia. Ao fim de 2 semanas faziamos o caminho em 15, 20 minutos com o nosso ar mais descontraído, e chegavamos sempre fresquitas quer fosse à praia quer fosse a casa!
Moral da história...Sê persistente.
Agora acredito que com 30 me custasse mais a chegar à Costa Nova (até porque devido à IP5, que vai até à entrada das Praias, o caminho está muito maior)mas mesmo assim acho que deves dar uma hípotese à "Bicla".
Coragem!!!!!!!!!
salomé,
nem que seja por teimosia (e sabes o quão teimosa consigo ser...) tenho que dominar a bicha... Hoje na me apetece, mas um dia destes ataco de novo. E desta vez é ataque frontal, sem sombra pa dúvidas.
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