sábado, janeiro 26, 2008

Sentir

Sinto-me dividida. Entre o prazer e o bem-estar. Entre o mimo e a incerteza. Entre a adrenalina e a serenidade. Incapaz de hierarquizar emoções. Todas dignas. Todas fortes. Todas prazerosas. E dou por mim a repensar o que é o prazer. Será algo meramente físico, até carnal? Será algo puramente metafísico, quase espiritual? Recebo os mais diversos estímulos. Os veículos de comunicação são, hoje, demasiados. Quase não há lugar à introspecção. Mas preciso! Sem ela não vivo; não respiro; não penso; não sinto... plenamente. O que será o pleno? Será tudo? E tudo resume-se ao que conhecemos, ou tudo é um conceito abstracto, fora de nós próprios, conceptualmente inatingível?
Sinto que tudo me falta quando tudo tenho. Nada me satisfaz... plenamente. E regresso ao conceito de pleno, plenitude, tudo, nada, cheio, vazio...
Tudo tenho e nada sinto...
Tudo sinto e nada tenho...
A força do mar inspira-me, instiga-me às decisões... que decido e nunca levo a cabo. Exercer. Praticar. Demonstrar. Que raio serei se o que penso não sinto, o que sinto não vejo, o que vejo não desejo, o que desejo não amo, o que amo não conheço, o que conheço não sinto? Que raio serei se o nada me preenche. Mais que dividida, sinto-me perdida. No ser... no parecer, no sentir, no desejar, no amar... perdida de mim, perdida em mim... dividida!

@ Calada Beach com ondas fortes de 4m

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