A palavra!
Já tinha saudades.Já nao sabia como se fazia nem como me fazia sentir.
E como é bom olhar de outro modo o que se escreveu ontem. Foi o que acabei de fazer. E li coisas que escrevi há uns meses e fiquei a tentar lembrar-me do que estava a pensar e a sentir naquele momento. É isto que é bonito quando se escreve. A eternidade. A identificação. Rir do que se pensou e sentiu. Sorrir pelas coisas bonitas. Imagens guardadas no mais recôndito espaço da minha memória.
É certo que nem sempre gosto da forma e do conteúdo do que escrevi quando volto a ler. Mas é meu e foi aquilo que saiu no momento. Mais bonito, mais sentido, menos aprazível, mais extenso, mais chato, menos lamechas, mais cru... Mas é parte de mim. E não é por estas coisas que se conhece muito do que somos?
Acho engraçado ler coisas antigas e ver como mudei entretanto. Identificar fases da minha vida... Desejos, ambições, receios, tristezas...
O dia-a-dia nem sempre nos facilita a concentração em algo nosso, como o que sentimos, o que queremos, o que desejamos... Mas devo fazer um esforço. Às vezes surgem palavras soltas na minha cabeça quando estou no trânsito. (Tenho que arranjar um gravador!!!) Seria tão simples como perder 5 minutos a escrever... Para mais tarde recordar. Momentos Kodak não são só de imagens, mas também de lembranças.
Adoro quando consigo perceber como me senti há não sei quantos meses atrás... E quando consigo sentir precisamente o mesmo, então... Viagens no tempo estão ao nosso alcance.
A palavra!
Materializada em voz ou escrita... Sozinha ou acompanhada... Contextualizada ou não... Com dúbio sentido ou objectiva... Mas sempre a palavra. Essa que quero guardar para todo o sempre. Essa que quero ler daqui a muito tempo. Essa que quero identificar com imagens e sentimentos...
A palavra!
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