terça-feira, maio 08, 2007

Ironias do Destino... a verdadeira história

É, no mínimo, irónico...
Estou oficialmente desempregada. A coisa não é grave. Chamemos-lhe um formalismo. Aquelas palhaçadas que acontecem na maior parte das empresas, que se "vêm obrigadas" a mandar os seus trabalhadores para casa durante uns dias, para os readmitirem 15 dias depois, ou 1 mês.

Entretanto, surgiu a proposta (de regresso à informáticolândia) que tanto desejava. Andei 5 meses a esperar que ela surgisse. Com trabalho até ao tecto, a tentar gerir da melhor forma o excesso de trabalho e o facto de estar a assumir não só a minha função, mas também a de um outro colega que entretanto saiu (sendo que eu acumulei as duas funões), e ainda a dividir com outra colega, a A. o trabalho de uma outra, a E. que está de licença de parto. Há ainda o trabalho da C. (também de licença de parto) que volta não volta me cai no colo, apesar de eu não ser o back-up oficial. E temos ainda de considerar que o trabalho da A., puramente técnico, entretanto ficou ferido, pelo que a malta tem mais é que se desenrascar.

Tipicamente, seria uma situação digna de telenovela mexicana, mas não... acontece ali mesmo; na sucursal portuguesa de uma das maiores empresas de hardware do mundo. A coisa lá se aguentou, o contrato lá chegou ao fim, eu lá fiquei oficialmente desempregada e a desejada nova proposta lá surgiu. Entretanto estou de "férias", a curtir estes 15 dias, porque mais uma vez não vou ter férias no Verão, já que o novo contrato começaria lá para meio do mês...

Pois não é que numa acção de puro head-hunting, vindo sabe-se lá de onde, e sabe-se lá porque raio, recebo um telefonema estranhíssimo na passada 6ª-feira ao fim da tarde??? Muita simpatia à parte pensei, "O que é que eu tenho a perder??? Vamos lá à dita entrevista/reunião ouvir o que me têm para dizer"...

Pois que foi hoje e venho completamente baralhada... Quando tudo estava decidido na minha cabeça; Quando tudo estava planeado para os próximos 2 anos; Quando os próximos 15 dias de "férias" estavam planeadíssimos e preenchidíssimos... zunga!!! BOOOOOMBAAAA!!!!!!!!!! A actividade persegue-me. Ando a fugir dela há anos. Dá-me um gozo imenso, mas tal como aquela definição do perfil de risco dos Bancos, tem os seus quês... Ganhar à comissão é muito bom e muito mau... A empresa é incontornável... Eu que fujo dos americanos... zinga!!! Toma lá com eles outra vez. Em plena expansão no nosso país, o potencial de crescimento é enormíssimo e as condições de trabalho são daquelas que sempre me fizeram sonhar: sem horários (com tudo o que isso tem de bom e de mau), fora de um aquário, ou seja, algum tempo passado "na rua",
liberdade total e consequente auto-responsabilização pelo que se faz ou deixa de fazer... resumidamente: autonomia, liberdade, responsabilidade, empenho, resultados. É este o caminho. A estrutura parece-me muito bem montada... Não admira: a empresa tem 80 e tal anos, seria de esperar que já tivesse uma estrutura bem montada e alguma noção do que anda a fazer... A possibilidade de crescimento na carreira é imensa e com ela vem a possibilidade de crescimento no vencimento...

Mas será possível??? Juro que se estra Proposta tivesse surgido há 2 meses atrás, ou daqui a 2 anos, considerava-me a mulher mais feliz à face da terra... Mas depois de finalmente ter nas mão a Proposta que por que tanto ansiei... Epá, que raio de timming...

Como disse a senhora com quem falei (e de quem gostei imenso só pa chatear ainda mais...) tenho uma decisão dificílima para tomar... E estou numa idade em que as decisões ditam o futuro. Irra!!! E não é que a sacana da gaija tem toda a razão??? A questão é: fico com o que finalmente consegui, que é certinho por agora, agrada-me, mas daqui a 2 anos poderei estar novamente em situação de apuros??? Ou arrisco à grande, começo, mais uma vez do zero, ando uns tempos aos papéis, mas o sucesso é potencialmente maior??? Sim, porque esta "nova" actividade tem tudo a ver comigo. Exige alguma elasticidade inicial (principalmente em termos financeiros porque a malta não começa logo a ganhar balúrdios), mas o potencial da coisa é imenso... Eu vim para o Oeste em busca de qualidade de vida e, finalmente, esta actividade pode proporcionar-me alguma dessa qualidade...

Por enquanto estou ainda muito inclinada a ficar na Informáticolândia, onde posso ainda aprender imenso e gozar o que tanto me custou a conseguir... Mas os próximos dias não vão ser fáceis... Ainda por cima, como eu estou meio pa cá, meio pa lá, convidaram-me a assistir a uma formação inicial, sem qualquer compromisso, onde me pagam tudo... Claro que vou, né??? O pior que pode acontecer é ficar ainda mais tentada...

2 Comentários:

Às maio 08, 2007 3:04 da tarde , Blogger Hugo disse...

Algo que me fui apercebendo nesta vida é que muitas vezes as oportunidades vêm ter connosco. A vida é feita de mudanças, muitas delas inesperadas. Mas nada é irreversível ;)

Beijinhos e muita sorte

Hugo

 
Às maio 08, 2007 9:21 da tarde , Blogger Catarina disse...

hugo,
não sei concordo ctg. Às vezes, qdo tomamos um caminho, não há hipótese de retornar ao outro... Mas tens razão qdo dizes q as oportunidades tb vêem ter connosco... Não têm é lá grande timming... :)

 

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