Uma noite...
6ª-feira; dia saco de boxe.Noite de cinema com as amigas. E depois disso, casa com ela, que a semana foi longa... Ou pelo menos era esse plano...
À saída, desencaminhada que estou para um copo com amigalhaços com quem já não estava há algum tempo... "Mas coisa pouca, que o objectivo é recuperar o sono". Cheguei a casa às 7h da manhã... Pelo meio, uma cena de ciúmes de alguém que não sabe dar valor a quem tem e vê o que não há para ver, um abracinho cheio de saudade, verdadeira amizade e enorme carinho (e não, não foi à vítima da cena de ciúmes), momentos de atenção simpáticos... Uma noite de enorme prazer, com amigos divertidos. Conversas que fluem pelos mais diversos assuntos. E no fim da noite, quase 1h de conversa à porta da A. O carro sempre a trabalhar, porque era uma despedida de 2 ou 3 minutos... ou de mais 2 ou 3 minutos. A conversa fluiu e fluiu e fluiu e ficou uma imensa necessidade de exorcizar o que por cá vai... Mais tempo houvesse e mais se falava, mas os 55km que me separavam da cama assustavam e pareciam cada vez mais longe...
Falou-se de estilos de vida, de estilos de não-vida, de escolhas conscientes umas, outras nem por isso... Falou-se do que se devia e do que não se devia. Falou-se duma imensa vontade... algo que cresce de dia para dia e que teima em não deixar sossegar o peito... Falou-se de constrangimentos e de princípios... os nossos e os dos outros e a forma como os respeitamos ou não e a forma como nos afecta ou não e a forma como nos sentimos ou não incomodadas com as falsas escolhas de outrém e como as mesmas os tornam falsos felizes... quando a serenidade e a felicidade podem estar tão mais perto do que é possível sequer imaginar...
No fim disto tudo? Uma noite fantástica. Serena, agradável, divertida. Companhia fabulosa de verdadeiros amigos. Do peito. Por quem se nutre um carinho imenso. Mas no fim no fim??? Vontade. Desejo. Aperto. Ânsia. Repressão... Do que se sente e não devia... do que se quer e não se pode... do que se imagina e não acontece...
Escolhas!!! As comuns, as convictas, as ponderadas, as impostas, as falsas... sempre uma escolha. Pena que não haja decisões fáceis...
3 Comentários:
Pois, qd se escolhe aquilo que se não quer, quando a razão se sobrepõe ao coração a escolha nunca é fácil...
O que interessa é que estejamos de bem conosco próprio, que tomemos a decisão que para nós faça mais sentido no momento...:-)
Fica bem
"Hoje apetece-me" "uma noite" de chuva não "à bruta", mas daquela que "bate na vidraça" e acalma as ideias, parece-me que há quem precise!...........bj
eumesma,
não há decisões fáceis... não há percepções fáceis... Felizmente, toda a nossa vida é um jogo de encontros e desencontros, que nos causam emoções fortes...
anónimo,
hoje apetece-me... a noite, a lareira, a chuva não "à bruta"... apetece-me tomar decisões; as minhas e as dos outros; as fáceis e as não fáceis... E ficar, deixar que a noite se prolongue sem tempo... deixá-la voar pelas ideias que se acalmam ou se atormentam... hoje tb preciso... de chuva que "bate na vidraça" ;)
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