quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Processo

Primeiro vem a constatação dos factos. Simples, brutais, inelutáveis. Talvez alguma estranheza e enorme esperança: "Vai mudar!"
Depois a incredulidade. A mudança não se deu e pior: não se prevê. o sentimento ainda é sereno, e há uma réstia de esperança...
Mais tarde, a revolta. Além da frustração, a incredulidade atinge proporções enormes.
Da revolta passa-se ao ataque. Mas um ataque moderado: o que não se tem é muito, mas o que se tem não é abdicável... A revolta cresce enormemente e deixa de haver palavras para descrever o que se sente. Nenhuma é suficientemente grande, nenhuma é suficientemente abrangente...
Mas o pior... O pior é quando tudo isto passa. Quando me encosto. Quando se constata: "Não há nada a fazer... Para quê o esforço?" Quando qulquer acção tem resultado zero, quando tudo se continua a passar da mesmíssima forma, quando as palavras perdem sentido por já terem sido proferidas vezes sem conta. A acção foi imensa, persistente, forte, decidida... a resposta? Zero. Nada. Continua tudo na mesma.
Estou resignada e não quero. Estou habituada ao que não aceito. Estou cansada e não paro... Força para continuar??? Não sei se há muita. Não tarda viro costas e parto para outra. E depois??? Depois é tarde!

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