sábado, janeiro 14, 2006

Receita para um almoço perfeito

Acordei neste Sábado, de madrugada: 9h00. Levantei-me e decidi ir ao mercado comprar legumes fresquinhos. Fui a um e nada me agradou. Andei kilómetros em busca do próximo (que é bem maior, portanto a variedade seria proporcional... assim pensava eu por volta das 11h) e finalmente encontrei-o. Está dividido em 3 andares. No r/c temos o peixe fresco, pelo que passei a direito. No 1º andar, as verduras e flores, e no 2º a fruta. Parei no 2º, andar que é por excelência, aquele onde gasto grande parte do meu orçamento alimentar. Fui até ao fudo, voltei e parei numa banca. Perguntei o preço do "#$%&$&. É x menina. Obrigada. Dirigi-me a outra banca e perguntei o preço do mesmo "#$%&$&. Aqui a minha irritação começou a desenvolver-se. A senhora olha para a da banca anterior, faz um gesto afirmativo com a cabeça e responde: É x menina... Mais uma tentativa e vim embora piursa. Sem nada na mão, diga-se!

Depois enveredei pelas ruas estreitíssimas e... azar dos azares, fui dar à marginal. Aqui não pude evitar. Parei o carro e saí. Sentei-me frente ao mar, a olhar. Simplesmente a olhar... e a sorrir. Já hoje o disse: foi aquele mar que me trouxe para aqui. Foi por ele que me mudei, e é por ele que faço mais de 100km todos os dias para ir trabalhar.

Meia hora depois estou de volta às compras e tive que ir ao Supermercado comprar o que queria, porque no Mercado da Vila fui maltratada. Sacos na mão, estou de volta para casa. E aqui comecei a pensar em comida. Só de pensar na combinação deste ingrediete com aquele, já eu babava... Tive que fazer o enorme sacrifício e ir para a cozinha.

Ao cabo de meia hora, o almoço está pronto. Fusilli tricolor com um molho maravilhoso. Estreei o meu wok (Obrigada Guida e Joaquín!!!), salteei os legumes, juntei cogumelos frescos e depois meio copito de cerveja. Evaporada a cerveja, deita-lhe as natas... E depois... E depois, o queijo. Desculpem-me os italianos e seus simpatizantes, mas qual gorgonzolla, qual mozarella. O Serra, esse belo queijo sem igual. É sucesso garantido: massa, um salteado qualquer de legumes, natas, cogumelos e queijo da Serra... Ó valha-me Santo Ambrósio!!! Isto é simplesmente divinal.

Bom, mas o melhor ainda estava para vir. Dado que o conteúdo estava garantido, havia que tratar da forma, ou do contexto, ou da envolvente... whatever.

Varanda da sala. Vista de verde e azul por mais de 5km. Sólinho a bater de chapa. Cadeirão com um ligeiro embalo. Não, não é uma cadeira de baloiço. É daqueles que abana só um bocadito. O suficiente para embalar. Os passarinhos a chilrear. O mehor álbum de sempre de Tracy Chapman a sair pelas colunas afora. A companhia do Baco. E o prato no tabuleiro ao colo...

A meio, o auge da refeição: passou um carro! Calmamente, fez a curva em contramão e seguiu o seu caminho sem deixar rasto. E mais para o fim, dado que eu corria sérios riscos de adormecer e deixar o aspirador inerte pelo resto da tarde, a vizinha fez o enorme favor de me trazer de volta à realidade: Ó Diana!!! Diana!!! Ó Diana traz aí as molas da roupa... Diaaaaaana!!!!

Ahhhhhh!!! Ainda dizem que bom é viver na cidade!!!

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