Viagem...
Estou dentro de uma carruagem... Sou levada. O destino? Não conheço. O que lá vou fazer? Não faço ideia... Quanto tempo demora a viagem? Nem imagino.
Vou-me deixando ficar, naquele balanço da carruagem, ptum-ptum, ptum-ptum...
A velocidade está desfasada. Quando o comboio avança em velocidade cruzeiro, sinto-me tonta, preciso que a velocidade se reduza, que o balanço acalme, que me embale, quase adormeça, que me deixe recuperar o fôlego. E se alguém me aborda numa tentativa de melhorar o meu estado, sinto-me ainda mais tonta... Não me obriguem a levantar a cabeça. Estou em processo de digestão. Preciso do meu tempo de habituação. Está tudo bem, desde que me deixem só. Apenas comigo mesma. Virada pa dentro. Deixem-me respirar fundo e sentir o ritmo. Quando é a próxima paragem? Não há? Apeadeiros... Qual é o próximo? Preciso de ar fresco... Puro.
Quando o comboio vai naquele ram-ram lento, cadenciado, suave, fico com bicho carpinteiro. Começo com uma espécie de urticária que me provoca quase-espasmos. Preciso certificar-me que continuamos em frente. Que não estamos a estagnar a marcha. O caminho até ao destino é longo e o tempo pode não ser suficiente. Levanto-me e caminho pelas carruagens de um lado para o outro. Ora tentando voltar um pouco atrás para apanhar algo que tenha voado, ora correndo em frente, viajando a uma velocidade superior à do próprio comboio.
A carruagem ora me parece bastante moderna e confortável, ora me sinto em banco de ripas de madeira, qual comboio a vapor, de janelas empenadas e correntes-de-ar desconfortáveis.
Ali à frente há uma estação. Já confirmei. Vou descer e aguardar pelo próximo. Preciso de apanhar um pouco de ar...
Vou-me deixando ficar, naquele balanço da carruagem, ptum-ptum, ptum-ptum...
A velocidade está desfasada. Quando o comboio avança em velocidade cruzeiro, sinto-me tonta, preciso que a velocidade se reduza, que o balanço acalme, que me embale, quase adormeça, que me deixe recuperar o fôlego. E se alguém me aborda numa tentativa de melhorar o meu estado, sinto-me ainda mais tonta... Não me obriguem a levantar a cabeça. Estou em processo de digestão. Preciso do meu tempo de habituação. Está tudo bem, desde que me deixem só. Apenas comigo mesma. Virada pa dentro. Deixem-me respirar fundo e sentir o ritmo. Quando é a próxima paragem? Não há? Apeadeiros... Qual é o próximo? Preciso de ar fresco... Puro.
Quando o comboio vai naquele ram-ram lento, cadenciado, suave, fico com bicho carpinteiro. Começo com uma espécie de urticária que me provoca quase-espasmos. Preciso certificar-me que continuamos em frente. Que não estamos a estagnar a marcha. O caminho até ao destino é longo e o tempo pode não ser suficiente. Levanto-me e caminho pelas carruagens de um lado para o outro. Ora tentando voltar um pouco atrás para apanhar algo que tenha voado, ora correndo em frente, viajando a uma velocidade superior à do próprio comboio.
A carruagem ora me parece bastante moderna e confortável, ora me sinto em banco de ripas de madeira, qual comboio a vapor, de janelas empenadas e correntes-de-ar desconfortáveis.
Ali à frente há uma estação. Já confirmei. Vou descer e aguardar pelo próximo. Preciso de apanhar um pouco de ar...
5 Comentários:
Eu também precisava de apanhar algum ar..
às vezes, a melhor forma de progredir é parar um pouco para respirar =)
boas reflexões*
De vez em quando precisamos de nos sentar numa pedra à beira da linha... mas apanha o próximo!
Beijinhos.
Boa opção Catarina. O que não falta são comboios.
Beijos
i&u,
às vezes é preciso respirar bem fundo, para sentir o ar dentro dos pulmões...
grao_de_po,
a velha história de um passo atrás e 2 à frente...
htsousa,
às vezes temos de ver o trânsito passar... sem sentir que fazemos parte dele...
pitucha,
Ainda bem que me confirmas isso... Obrigada!!! Vou ficar só um bocadinho...
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