Catarina em Lx

Desilusão!!!

Há uma pessoa, que está ali ao lado todos os dias... É colega, mas por vezes passa a fronteira e é amiga... E nessa pessoa vemos alguém com mais experiência... um guia talvez! Um exemplo??? Bom, mas o tempo passa e as pessoas conhecem-se melhor e há episódios e incidentes a contar. Por vezes passamos por eles com um sorriso ou um abanar de cabeça... "tsss tsss Ai essa cabeça!", e depois os incidentes assumem contornos de gravidade absurda. E vemos essa pessoa, em tempos guia em potência, eventual amiga, a levar grandes broncas dos chefes... daquelas que até a mim me arrepiam. Não é nada comigo mas eu fico tão mal... 1/10 daquilo e eu morria de vergonha... e a seguir pedia a demissão, porque me acharia concerteza a mais incompetente das funcionárias... Mas nem toda a gente pensa e age como eu... E essas broncas passam como uma leve brisa, a atitude não muda e as asneiras sucedem-se. Sucedem-se, pioram, as relações com as pessoas em volta estremecem com o suceder das asneiras. E a incompetência toma forma. Essa palavra fortíssima, com uma enorme carga negativa... essa palavra começa a pairar. Esse conceito aterrador e abominável começa a fazer sentido.
Sei que é triste, mas as relações entercruzam-se e a amizade começa a morrer. Aquela pessoa que poderia e teria todas as condições para ser um guia, começa a ser um exemplo a não seguir.
Mas o grave, o muito grave é quando a incompetência atinge o meu trabalho, quando o descuido atinge coisas que essa pessoa não deveria mexer, mas mexeu... E 1 semana depois de essa pessoa ter assumido (em meu lugar) que resolveria uma questão, não só não resolveu, como não me informou que tinha assumido esse compromisso...

Hoje, o meu telefone toca e a bomba cai-me em cima. Apesar de tudo me ter passado ao lado, tive que assumir o erro. Afinal trabalhamos todos na mesma empresa e foi a empresa que falhou... O problema poderia ser depois resolvido internamente. Mas tive que aceitar todos os desaforos de um director de uma das maiores cadeias de hipermercados do país... E dizer, "Peço imensa desculpa pelo incidente, tem toda a razão. Fique descansado que vou resolver imediatamente". E ainda tive que ouvir desaforo internamente. Chamaram-me de incompetente para baixo. Quando questionei a pessoa sobre o assunto, obtive: "Ah!!! sim... Realmente falei com essa pessoa! Mas já foi há uns dias..." Fiquei atónita! Não basta fazer a asneira, ainda o admite como se da coisa mais banal se tratasse e ainda fica hiper descontraída! Sem palavras! Foi essa a minha reacção. Outra colega tentava controlar a minha ira com olhares... Consegui não explodir. Tratei do assunto e no fim do dia ainda recebi um pedido de desculpas... Calma, não se emploguem, não foi da artista, foi da colega que me desancou e que havia dado o recado à artista. Apercebeu-se de que eu não tinha culpa nenhuma e que não podia ter resolvido uma questão da qual não tinha conhecimento... Tudo se resolveu da melhor forma, mas não sem que a imagem da empresa e do Departamento.... e a minha... ficassem beliscadas.

Mas o que mais me custa é pensar que o meu trabalho não está só nas minhas mãos... o meu bom desempenho não depende só de mim... E pior, posso pensar que as intenções não foram as mais inocentes... Mas afinal onde estou eu metida??? E o meuúnico comentário foi: se faz asneira com o trabalho dela, o problema é dela e dos superiores dela que a encobrem. Agora quando põe em causa o meu trabalho... estamos mal. Muito mal... Mas o pior no meio disto tudo é que nem vale a pena dizer nada... à primeira oportunidade, a distraída distraír-se-á novamente... com a maior das descontracções.

publicada por Catarina @ 9:41 da tarde